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Com setor aéreo aquecido, mercado de milhas prevê pico em 2023

Mercado avalia que patamar pré-pandemia foi retomado, com 152 milhões de cadastros. Especialista Caio Nascimento vê reinvenção do setor

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Movimentação de viajantes vindos do exterior no desembarque no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos
1 de 1 Movimentação de viajantes vindos do exterior no desembarque no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Passado o momento mais duro das contaminações de Covid-19, o mercado de turismo e negócios impulsionou as viagens. Dentro dessa retomada, um segmento demonstra otimismo: o de milhas, que estima viver um expansão em 2023.

O reaquecimento do setor começou com a volta dos voos domésticos e, depois, com a de trechos internacionais, no quarto trimestre de 2021. A reabertura de serviços e países foi essencial. As principais análises desse mercado mostram que o mercado das milhas vem respondendo positivamente com emissões em ritmo constante.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF), o número de resgates já voltou ao patamar pré-pandemia. Atualmente, o país tem mais de 150 milhões de cadastros nesse tipo de programa.

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O combustível, por exemplo, é um dos principais pontos que incidem sobre o preço da passagem. Cada avião tem um consumo próprio, por isso, vale a pena conferir no site da empresa ou dos fabricantes da aeronave a quantidade que será utilizada durante a viagem. Quanto mais combustível for necessário, maior será o valor do assento
Serviços de passageiros e a permanência das aeronaves no aeroporto são o segundo ponto responsável pelo valor da passagem. Esses quesitos englobam serviços como água, cafezinho, biscoito, comissário de bordo, apoio técnico, aluguel, entre outros
Além disso, a necessidade de oferecer serviços de call centers, sites na internet e copilação de estatística, por exemplo, também apresenta peso na hora de a companhia determinar o valor da passagem
Não podemos esquecer que aeronaves ainda precisam de manutenção. Portanto, reparos como pinturas, troca de peças do avião, inclusão de objetos, entre outros, tem um custo que é pago pelo cliente no momento da compra da passagem
Para que uma empresa funcione é necessário mão de obra. Dito isso, não é difícil imaginar que a folha de pagamento de comissários, pilotos e demais trabalhadores também tenha incidência sobre a passagem aérea, mesmo que varie de companhia para companhia
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Combustível, serviços, manutenção, lucro, entre outros. Para um avião decolar é necessária uma operação muito mais complexa do que parece. Além do ponto de vista econômico, para determinar o preço das passagens as companhias aéreas precisam ter como base regulamentações rígidas

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O combustível, por exemplo, é um dos principais pontos que incidem sobre o preço da passagem. Cada avião tem um consumo próprio, por isso, vale a pena conferir no site da empresa ou dos fabricantes da aeronave a quantidade que será utilizada durante a viagem. Quanto mais combustível for necessário, maior será o valor do assento

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Serviços de passageiros e a permanência das aeronaves no aeroporto são o segundo ponto responsável pelo valor da passagem. Esses quesitos englobam serviços como água, cafezinho, biscoito, comissário de bordo, apoio técnico, aluguel, entre outros

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Além disso, a necessidade de oferecer serviços de call centers, sites na internet e copilação de estatística, por exemplo, também apresenta peso na hora de a companhia determinar o valor da passagem

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Não podemos esquecer que aeronaves ainda precisam de manutenção. Portanto, reparos como pinturas, troca de peças do avião, inclusão de objetos, entre outros, tem um custo que é pago pelo cliente no momento da compra da passagem

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Para que uma empresa funcione é necessário mão de obra. Dito isso, não é difícil imaginar que a folha de pagamento de comissários, pilotos e demais trabalhadores também tenha incidência sobre a passagem aérea, mesmo que varie de companhia para companhia

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Além de impostos, as empresas aéreas também precisam pagar por encargos, apoio meteorológico, rastreamento de aviões durante voo, comissões, entre outros serviços. Tudo isso é levado em consideração na hora de fixar o preço de uma passagem

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A quantidade de poltronas vazias e a lotação da aeronave também pode ser fator determinante. Contudo, isso tem mais a ver com a estratégia adotada por cada companhia

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Uma dica para pagar mais barato é optar por voos com escalas, pois são sempre mais baratos do que os diretos. Ter flexibilidade quanto a escolha do dia da semana também pode te ajudar a encontrar valores em conta. Geralmente, viajar na terça-feira, quarta-feira ou quinta-feira fica mais em conta

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Verificar a condição de compra e permanecer de olho nos tipos de comissões impostas na passagem é outra dica. Algumas companhias aéreas podem cobrar comissão por pagamento realizado com cartão, pela reserva das passagens ou por formulários impressos para pagamento em boleto. Portanto, fique de olho

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Paulo Curro, diretor executivo da ABEMF, garante que o mercado de fidelização no Brasil segue em ritmo de crescimento.

“As empresas de fidelização têm investido para ampliar, ainda mais as opções de acúmulo e resgate de pontos ou milhas por parte de seus clientes. Inclusive, com parcerias em novos mercados, muito além dos já tradicionais segmentos como bancos, varejo e companhia aérea. Hoje, vemos iniciativas de fidelização em setores como construção civil, educação, saúde e muitos outros”, destaca, em entrevista ao Metrópoles.

Apesar dos impactos, de acordo com Paulo, os consumidores brasileiros não deixaram se utilizar pontos ou milhas, nem mesmo durante os meses mais críticos da pandemia. “Eles apenas passaram a adaptar seus acúmulos e resgates, de acordo com a nova realidade que se apresentava”, detalha.

Veja números do setor, segundo a ABEMF:

  • A soma anual das emissões e resgates de pontos ou milhas, que mede o grau de interação dos clientes com os programas, chegou a 22,4 milhões de transações em 2021, representando um crescimento de 35,4% sobre 2020 e 9% diante de 2019.
  • Já o montante de pontos/milhas emitidos, ou seja, aqueles que os consumidores acumularam no ano, cresceu 32,9% em 2021 sobre 2020 e 2,1% na comparação com 2019. Passou de 236,7 bilhões (2020) para 314,7 bilhões (2021).
  • Quando se trata do número de pontos/milhas resgatados, aqueles que os clientes trocaram por benefícios, houve aumento de 54,2% em 2021 sobre 2020 e de 1,1% na comparação com 2019. Passou de 173,9 bilhões (2020) para 268,2 bilhões (2021).
  • Até em relação ao faturamento bruto das companhias associadas à ABEMF os números mostram a curva crescente do setor, houve alta de 13,2% no ano de 2021. Passou de R$ 5,35 bilhões (2020) para R$ 6,05 bilhões (2021).

Reinvenção do setor

O educador financeiro Caio Nascimento, especialista em viagens, explica que o surgimento de novas modalidades de promoções, de programas fidelidade e clubes de viagens fomentaram o mercado. É o que ele chama de “reinvenção”.

“Um dos grandes pontos responsáveis pelas companhias aéreas no Brasil se manterem firme durante a pandemia, foi justamente os programa de fidelidade. Durante a pandemia, diversas promoções surgiram com o objetivo de atrair novas pessoas e fidelizar cada vez mais os antigos usuários”, pondera.

Empresas que permitem usuários vender milhas, compradas para emitir passagens, também tiveram participação. “A pandemia afetou o mercado de milhas, mas também criou oportunidades. Diversas modalidades novas de acúmulos surgiram, mas em compensação o valor atribuído às milhas abaixou”, frisa.

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