Com pandemia de coronavírus, dólar tem dia tenso e vai a R$ 4,72
Bolsa acionou nesta quarta o mecanismo de circuit breaker pela segunda vez esta semana, quando caiu 10,11%
atualizado
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Em novo dia de pânico no mercado financeiro brasileiro e mundial, o dólar chegou a bater em R$ 4,76 na tarde desta quarta-feira (11/03), mas desacelerou um pouco o ritmo de ganhos perto do fechamento, com a atração de vendedores da moeda norte-americana ao mercado, e fechou em R$ 4,7226, em alta de 1,62%.
O dia já começou tenso, com os investidores frustrados pela falta de detalhes de medidas fiscais da Casa Branca para fazer face aos efeitos do coronavírus. O estresse piorou após a Organização Mundial da Saúde (OMS) passar a classificar o surto de coronavírus como pandemia.
A Bolsa acionou nesta quarta o mecanismo de circuit breaker pela segunda vez esta semana e paralisou os negócios pouco depois das 15h, momento em que o dólar bateu em R$ 4,75. É a primeira vez desde a crise financeira mundial que as operações são paralisadas duas vezes na semana.
Retomada
Na retomada dos negócios, o índice seguia em queda forte, embora fora dos dois dígitos no fechamento aos 85 171,13 pontos (-7,64%), estendendo as perdas da semana a 13,09%, as do mês a 18,24% e as do ano a 26,35%. O nível de fechamento desta quarta foi o menor desde 26 de dezembro de 2018, quando o Ibovespa estava em 85.136,11 pontos.
Apesar do dia tenso, o real andou em linha com outras moedas emergentes. Para o estrategista da RB Investimentos, Gustavo Cruz, o leilão de swap cambial (venda de dólar no mercado futuro) de US$ 1 bilhão hoje contribuiu para trazer certo alívio ao mercado. “O mercado já estava ruim e a notícia da OMS ajudou a piorar”, disse Cruz.