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Com fim dos contratos temporários, desemprego atinge 12,7 milhões

Índice subiu para 12,2% em janeiro. No trimestre encerrado em dezembro, a taxa era de 11,8%

atualizado

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1 de 1 emprego - Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Com o fim dos contratos temporários no começo do ano, a taxa de desemprego no trimestre encerrado em janeiro ficou em 12,2%, aumento de 0,2 ponto porcentual após atingir 11,8% no último trimestre de 2017, revela o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). No primeiro mês do ano, o total de desempregados no país foi de 12,689 milhões de pessoas.

Na comparação ano a ano, a Pesquisa Mensal por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua aponta para queda de 0,4%. A explicação para isso é que, em janeiro do ano passado, o desemprego ainda não havia iniciado a sua trajetória de queda e a taxa fora de 12,6%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.169 no trimestre encerrado em janeiro. O resultado representa alta de 1,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 193,8 bilhões no trimestre até janeiro, alta de 3,6% ante igual período do ano anterior.

Para os economistas, o leve aumento de janeiro não dever ser encarado como motivo de preocupação. O resultado já era esperado. De acordo com especialistas, todo início de ano há uma sazonalidade de aumento de procura por trabalho, que tende a pressionar o desemprego, mesmo com a recuperação da economia favorecendo a oferta de vagas.

Além disso, normalmente nesta época há a demissão de funcionários temporários que foram contratados para o Natal, principalmente no comércio. Portanto, a elevação na desocupação no começo do ano costuma ser pontual e não significa piora na situação do emprego.

“É normal que tenha esse tipo de sobressalto no período”, avalia o economista Yan Cattani, da Pezco. “O ideal é avaliar a taxa (de desemprego) acumulada em quatro trimestres móveis, que dá para perceber nitidamente a tendência de queda do desemprego”.

Mesmo com a melhora da situação do mercado de trabalho, o economista da Pezco ressalta que, além de o nível de subocupados ser elevado, ele demora a diminuir. Contudo, diante da retomada da atividade, acredita na redução desse montante, com essas pessoas migrando para vagas de maior qualidade. “O processo não deve acontecer de forma brusca”, afirma.

Também para o economista Thiago Xavier, da Tendências Consultoria Integrada, o resultado era mais do que esperado. “A sazonalidade joga contra e a taxa sobe”, diz.

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