Com commodities em alta, balança comercial tem recorde histórico
Junho registrou superávit de US$ 10,372 bilhões, 59,5% acima do registrado no mesmo período do ano passado
atualizado
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O governo divulgou, nesta quinta-feira (1º/7), os resultados da balança comercial brasileira no mês de junho, com superávit de US$ 10,372 bilhões. O resultado é o mais alto já registrado em qualquer mês desde o início da série histórica, em 1989. O valor acumulado com as exportações chegou a US$ 28,104 bilhões, enquanto as importações ficaram em US$ 17,732 bilhões.
O ótimo resultado está relacionado ao aumento da demanda mundial por commodities, produtos como alimentos, petróleo e minério de ferro, dos quais o Brasil é um dos grandes exportadores.
Em comparação com junho do ano passado, as vendas para a Ásia, por exemplo, cresceram 50,6%.Para a Europa, o aumento foi de 70,34%. “O crescimento da demanda asiática já vinha aquecido e o aumento da demanda dos demais países ajudou a impulsionar o resultado”, explicou o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão.
De acordo com o Ministério da Economia, houve aumento de 59,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o superávit foi de US$ 6,5 bilhões.
No acumulado dos seis primeiros meses deste ano, a balança teve saldo positivo de US$ 37,5 bilhões, valor 68,2% maior que o registrado no mesmo período de 2020: US$ 22,3 bilhões. As exportações totalizaram US$ 136,743 bilhões, e as importações, US$ 99,247 bilhões.
A balança comercial refere-se à diferença entre esses dois valores (exportações e importações) de um país em um certo período. O resultado da conta revela se a nação é compradora ou vendedora nos mercados mundiais de bens e serviços. Quando as importações são menores que as exportações regista-se um superávit na balança e, no caso contrário, registra-se um déficit.
Setores e produtos
Na comparação do mês de junho de 2021 com o mesmo período do ano passado, o desempenho dos setores pela média diária registrou crescimento de US$ 58,11 milhões ( 24,9%) em Agropecuária; de US$ 278,08 milhões (175,8%) em Indústria Extrativa e de US$ 166,8 milhões ( 38,1%) em produtos da Indústria de Transformação.
Esse movimento de aumento nas exportações foi puxado, principalmente, pelo crescimento nos seguintes produtos: soja (+ 23,6%, com aumento de US$ 48,22 milhões na média diária); café não torrado (+ 45%, com aumento de US$ 6,03 milhões na média diária); algodão em bruto (+ 111,4%, com aumento de US$ 4,44 milhões na média diária); frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (+ 43,8%, com aumento de US$ 1,10 milhão na média diária) e madeira em bruto (+ 841,6%, com aumento de US$ 0,97 milhão na média diária).