Com agravamento da Covid-19, Focus prevê inflação maior e PIB menor
IPCA deverá fechar o ano com alta de 3,98%, cerca de 0,4 ponto percentual maior se comparado à projeção divulgada há um mês
atualizado
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O mercado financeiro aumentou, pela nona vez seguida, a previsão sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Agora, a inflação deverá fechar 2021 em 3,98% no país.
Na semana passada, a projeção sobre o indicador aumentou de 3,82% para 3,87%. Há um mês, o mercado previa uma inflação de 3,6% no ano.
Os dados foram atualizados nesta segunda-feira (8/3) e constam no Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central (BC). O boletim reúne a opinião dos principais bancos, corretoras e instituições financeiras do país.
Já o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deverá crescer 3,26% em 2021. A taxa de crescimento, contudo, é menor se comparada com as projeções passadas.
Na segunda-feira da semana passada (1º/3), o mercado financeiro previa um crescimento de 3,29% da economia e, há um mês, de 3,47%.
A alta é estimada após o tombo do PIB do Brasil no ano passado. O indicador encerrou o ano com queda de 4,1%, o maior recuo anual da série do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciada em 1996.
A alta da previsão da inflação e a queda na previsão do PIB coincide com o agravamento da pandemia de Covid-19 no país.
O Brasil bateu recorde pelo 12º dia consecutivo na média móvel de mortes causadas por Covid-19. A taxa chegou a 1.495, após o registro de 1.086 mortes nesse domingo (7/3). O indicador, em comparação com o verificado há 14 dias, sofreu acréscimo de 42%.
Boletim publicado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nessa terça-feira (3/3) revela que 18 estados, além do Distrito Federal, estão com a ocupação de UTIs Covid-19 acima de 80%.
Leia aqui a íntegra do boletim Focus.