CNT chama de “desproporcional” política de preços da Petrobras
Crítica ocorre no dia em que a greve dos caminhoneiros afetou diversos serviços país afora. Reunião no Planalto tenta solução para a crise
atualizado
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A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou nota nesta quarta-feira (23/5) criticando a atual política de preços da Petrobras. Segundo a entidade, os valores adotados pela estatal em suas refinarias acompanham a alta das cotações internacionais do petróleo. Ainda conforme pontuou a CNT, essa política petrolífera é uma medida “desproporcional”, considerando que ela tem “custos internos e não internacionais”.
No texto, a CNT afirma que países autossuficientes na produção de petróleo praticam preços do óleo diesel mais baratos. “Transportadores não podem responder pela ineficiência da Petrobras e pela corrupção que ocorreu na estatal”, destaca. Para a entidade, a política de preços de combustível deve considerar as condições econômicas do Brasil.
“Esta política equivocada e desastrosa não poderia ter sido implantada em pior momento para o setor transportador, que ainda luta para superar as perdas da forte recessão econômica”, destaca a confederação.A CNT critica ainda as negociações em torno da retirada da Cide sobre o óleo diesel, o que terá, na avaliação da entidade, “impacto irrisório no preço final do combustível”. “A solução apresentada até o momento pelo governo em nada contribuirá para garantir as condições mínimas de operação do transporte rodoviário de cargas e passageiros no país.”
Em nota, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) manifestou preocupação e indignação em relação à greve dos caminhoneiros. De acordo com a divulgação, o ato “está gerando prejuízos importantes para a indústria e para a sociedade como um todo”.