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CNI: tabelamento do frete elevou inflação e reduziu PIB R$ 7 bilhões

Estudo da CNI revela, ainda, que 203 mil postos de trabalho deixaram de ser criados. Iniciativas foram resultado da greve dos caminhoneiros

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1 de 1 greve-dos-caminhoneiros1 - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A expansão da economia brasileira foi diretamente impactada, em 2018, pela decisão do governo federal de criar a tabela do frete rodoviário. É o que mostra estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que aponta essa política como responsável pela queda de 0,11% – ou R$ 7,2 bilhões – no Produto Interno Bruto (PIB) do país. Ainda segundo a entidade, houve impacto na geração de empregos. Ao todo, 203 mil postos de trabalho deixaram de ser criados.

A política de preços mínimos, que têm sido fixados pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), também teria impactado no aumento global de preços. Sem a tabela, a CNI calcula que a inflação teria fechado o ano em patamar de 0,34 ponto porcentual inferior ao registrado.

Dessa forma, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede oficialmente a inflação no país, teria sido de 3,41%, e não de 3,75%, como foi.

O tabelamento foi adotado pelo governo do ex-presidente Michel Temer em resposta à greve dos caminhoneiros, que parou o Brasil em maio do ano passado. Desde a adoção da medida, o preço do frete arbitrado na tabela foi corrigido em 7,4 pontos porcentuais acima do que seria a correção de mercado diante preço do diesel.

A estimativa da CNI é conservadora e não leva em conta o impacto econômico da própria greve, que resultou em choques de oferta e desabastecimento de produtos às indústrias e ao consumidor. O estudo também não considera o impacto causado pelo custo com administração e fiscalização derivado do tabelamento e da insegurança jurídica resultante das incertezas que se seguiram.

Diesel
A CNI também calculou o impacto econômico da variação no preço do óleo diesel. Os números mostram que o aumento acumulado do combustível entre julho de 2017 e janeiro de 2018 foi de 15,6%, o que resultou em uma alta de 0,73 ponto porcentual no IPCA. Segundo a entidade, sem esse aumento de custos o PIB cresceria 0,20 ponto porcentual a mais, o equivalente a R$ 13,1 bilhões. Outra consequência, segundo o estudo, foi a redução de 368 mil empregos em 2018.

O cálculo conjunto de impacto econômico da tabela do frete e da variação no preço do diesel aponta que a redução do PIB, em razão das duas situações, foi de 0,31 ponto (ou R$ 20,3 bilhões) e o aumento do IPCA de 1,07 ponto

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