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CNI revisa para cima previsão do PIB: Brasil deve crescer 4,9% em 2021

Informe Conjuntural aponta que os impactos econômicos da pandemia foram menores do que o esperado nos meses de março e abril

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Futuro do trabalho na indústria
1 de 1 Futuro do trabalho na indústria - Foto: Getty Images/Divulgação

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê que o Brasil vai crescer 4,9% neste ano, em comparação com 2020. O dado foi revisto devido ao melhor desempenho da economia brasileira no primeiro trimestre e divulgado nesta sexta-feira (2/7) por meio do Informe Conjuntural.

A expectativa anterior, projetada em março, era de expansão de 3%. No entanto, os impactos da segunda onda da pandemia da Covid-19 sobre a atividade produtiva foram menores do que o esperado, de acordo com a confederação. Neste cenário, o PIB industrial deve aumentar 6,9%, sendo que a indústria de transformação pode ficar 8,9% maior em relação ao ano passado.

Segundo o economista-chefe da CNI, Renato da Fonseca, o empresário industrial está mais confiante e com maior intenção de investir.

“Apesar do aumento dos juros pelo Banco Central, as taxas continuam baixas para o padrão brasileiro dos últimos anos. Além disso, a utilização da capacidade instalada segue elevada, o que sugere necessidade de investimentos para ampliar a produção”, afirma Fonseca.

No todo, a avaliação é de que a política fiscal continuará atuando de forma positiva com relação à demanda agregada. “Ainda que a diretriz continue sendo a busca pelo equilíbrio fiscal, o nível de gasto do governo será menor que o de 2020, mas superior ao de 2019”, continua o especialista.

Indústria ainda com sinais de dificuldade

A indústria voltará a crescer. No entanto, o setor se preocupa com o tempo que isso vai durar.

Segundo Robson Andrade, presidente da CNI, ”vencer a crise é uma coisa, voltar a crescer é outra. Para voltar a crescer é, a indústria brasileira precisa se tornar mais competitiva e para isso é preciso reduzir o Custo Brasil. Precisamos acelerar a agenda das reformas estruturais, sendo que a principal é a reforma tributária ampla.”

A indústria de transformação brasileira viu sua produção encolher, em termos reais, nos últimos 10 anos, principalmente pelos fatores que compõem o Custo Brasil, no diagnóstico da CNI. De 2010 a 2020, o valor adicionado da indústria de transformação se reduziu 1,6% ao ano, em média.

“O problema tem afetado, sobretudo, os setores de bens de consumo duráveis e bens de capital. A estrutura industrial brasileira está se reconcentrando em direção aos setores tradicionais (que produzem bens de consumo não-duráveis ou semiduráveis), em detrimento dos setores mais complexos e que geram mais externalidades positivas, contribuindo mais para o crescimento da produtividade da economia”, diz o texto do Informe Conjuntural.

A CNI conclui, portanto, que, para o crescimento da indústria continuar progressivo, é preciso aprovar uma reforma tributária ampla, baseada em um imposto sobre valor adicionado, que elimine as distorções do sistema tributário brasileiro.

“O modelo atual gera distorções nos preços relativos da economia, o que desestimula os setores industriais, sobretudo os de cadeia produtiva longa”, afirma o comunicado.

Principais previsões

De acordo com o relatório, a CNI estima que, em 2021, o endividamento das famílias caia para de 90,9% para 82,3% do PIB. O indicador, medido pela relação dívida/PIB, é utilizado como referência para a capacidade de solvência do país.

Ainda segundo o estudo, a expectativa é de que o real continue a se valorizar. “Tanto fatores no plano externo como fatores domésticos contribuem para a apreciação do real. A expectativa da taxa nominal de câmbio na média de dezembro é de R$ 4,15 por dólar”, informam.

Por fim, espera-se que as exportações cresçam para US$ 254,2 bilhões, o que representa aumento de 21,5%, frente a 2020. As importações devem subir em 19%, para US$ 189 bilhões, próximo ao patamar de 2019 (US$ 186 bilhões).

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