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CNI: reforma da Previdência abrirá caminho para reduzir juros

Para a instituição, o ambiente é favorável à redução porque a inflação continua abaixo da meta e economia segue com crescimento lento

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Prédio da CNI – Brasília(DF), 14/03/2016
1 de 1 Prédio da CNI – Brasília(DF), 14/03/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O Banco Central (BC) só poderá reduzir os juros básicos da economia após a aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que cobrou engajamento do governo para mudanças na legislação que reduzam os gastos públicos.

Pela décima vez seguida, o Banco Central (BC) manteve a taxa Selic em 6,5% ao ano, no menor nível da história. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está marcada para o fim de julho.

“A decisão mostra a cautela do Banco Central em relação à tramitação da reforma da Previdência e aos possíveis impactos sobre as variáveis econômicas, como o câmbio, o déficit nas contas públicas e o investimento”, informou a CNI em comunicado.

Para a entidade, existe um ambiente favorável à redução dos juros porque a inflação continua abaixo da meta e a economia segue com crescimento baixo.

Desemprego alto
“No plano doméstico, diminuíram as pressões sobre os preços e a inflação continua abaixo da meta. E as dificuldades de recuperação da atividade indicam que a economia crescerá menos de 1% neste ano. Além disso, o desemprego continua alto, o que compromete o consumo das famílias”, ressaltou a confederação.

De acordo com a CNI, no cenário internacional, a desaceleração da economia mundial estimula o corte de juros em países emergentes, como o Brasil, antes mesmo de o Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, voltar a cortar as taxas.

“A queda dos juros é fundamental para estimular os investimentos, o consumo e, consequentemente, o crescimento econômico e a criação de empregos”, conclui o comunicado.

Firjan
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) se posicionou argumentando que havia condições para uma redução da taxa, com objetivo de estimular o quadro econômico. “A economia brasileira segue com elevada ociosidade nos fatores de produção e, com isso, a atividade econômica segue abaixo do seu potencial, sem pressionar a inflação e suas expectativas. Nesse cenário, e diante das sucessivas reduções das expectativas de crescimento para o ano, a Firjan entende que havia espaço para o Copom reduzir a taxa básica de juros, estimulando a atividade econômica sem comprometer a meta de inflação”, sustentou a entidade.

A Firjan reiterou, ainda, que a aprovação da reforma da Previdência, com a inclusão de estados e municípios, “é condição fundamental para a ancoragem das expectativas de inflação e a retomada do crescimento sustentável. Sem isso, corremos o risco de voltar a conviver com um ambiente de baixo crescimento e inflação e juros altos”.

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está marcada para o fim de julho.

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