CNI reduz crescimento do PIB brasileiro para 0,9%
Entidade está mais otimista do que o governo federal e o Fundo Monetário Internacional (FMI), que cortaram a projeção para 0,8%
atualizado
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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou para baixo as estimativas para o crescimento da economia e da indústria brasileiras, nesta quinta-feira (25/07/2019). As novas previsões indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 0,9%, menos do que os 2% estimados em abril.
A CNI está mais otimista do que o governo federal e o Fundo Monetário Internacional (FMI) que cortaram a projeção para 0,8% para este ano. Para a entidade, a liberação de parte dos recursos das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pode impulsionar o consumo e aquecer a economia.
A confederação acredita que o PIB industrial terá uma expansão de 0,4%, abaixo do 1,1% previsto no primeiro trimestre. “É um resultado decepcionante, a economia mantém-se muito próxima da estagnação desde o fim da crise”, diz o Informe Conjuntural do segundo trimestre.
A indústria também reduziu de 2,2% para 1,5% a previsão de crescimento do consumo das famílias. A estimativa para a expansão do investimento caiu de 4,9% em abril para 2,1% agora. A taxa de desemprego continuará elevada e atingirá 12,1% da força de trabalho.
“O marasmo dominou a economia no primeiro semestre”, avalia a CNI. “O consumo não reage, o investimento continua travado e as exportações apresentam dificuldades. Portanto, as fontes privadas de demanda seguem sem capacidade de promover a necessária reativação da economia”, afirma o Informe Conjuntural.
No entanto, adverte a CNI, as medidas de curto prazo devem ser complementadas com ações estruturais para que a economia retome o crescimento sustentado. “Essa agenda inclui a conclusão da aprovação da nova Previdência, a reforma tributária, os avanços nas privatizações e o aperfeiçoamento dos marcos regulatórios”, cita.
Confira outras previsões da CNI:
- Juros básicos da economia fecharão 2019 em 5,25% ao ano;
- Dívida bruta do setor público atingirá 79,2% do PIB;
- Dólar valerá R$ 3,75 em dezembro;
- Balança comercial terá um saldo positivo de US$ 48 bilhões;
- O total das exportações será de US$ 238 bilhões;
- As importações somarão US$ 195 bilhões.