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CNI reclama de Selic a 13,25%: “Queda do consumo, produção e emprego”

Copom elevou os juros básicos da economia para 13,25% ao ano, maior taxa desde 2016, e representantes da indústria protestam

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida mostra casteira de trabalho em frente a notas de real - Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O aumento de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros da economia não foi bem recebido pelo setor produtivo. A taxa Selic foi elevada para 13,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central nesta quarta-feira (15/6) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou comunicado logo em seguida classificando a decisão como “desnecessária” e negativa para a economia nacional.

O aumento de juros é um mecanismo usado por autoridades monetárias (como o Banco Central) para combater a inflação desincentivando a atividade econômica.

Para a CNI, porém, o remédio está amargo demais, apesar da inflação insistente, que até desacelerou em maio, mas alcançou 11,73% nos últimos 12 meses pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), bem acima do teto da meta instituída pelo próprio Banco Central, que é de 5% para este ano (a meta é de 3,5%).

“A taxa básica de juros vem sendo elevada desde março de 2021 e, desde dezembro, a taxa real se encontra em patamar que inibe a atividade econômica”, disse a CNI, em nota. “Este aumento adicional da taxa de juros no momento é desnecessário para o controle da inflação e trará custos adicionais à economia, como queda do consumo, da produção e do emprego”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, também na nota.

Veja a íntegra do comunicado da CNI:

“A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera equivocada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, desta quarta-feira (15), pelo aumento da taxa básica de juros (Selic) para 13,25% ao ano.

A taxa básica de juros vem sendo elevada desde março de 2021 e, desde dezembro, a taxa real se encontra em patamar que inibe a atividade econômica. As altas realizadas neste ano resultaram em uma taxa básica de juros real ainda mais elevada e que já era suficiente para desacelerar a inflação nos meses seguintes.

“Este aumento adicional da taxa de juros no momento é desnecessário para o controle da inflação e trará custos adicionais à economia, como queda do consumo, da produção e do emprego”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

O IPCA de maio demonstra que a inflação de bens industriais já começou a desacelerar no Brasil e que esse movimento deve continuar ao longo do segundo semestre devido, principalmente, aos efeitos defasados da elevação da Selic.

Outro fator que leva a uma perspectiva de desaceleração da inflação é a estabilização dos preços internacionais das commodities agrícolas e de energia, após incorporação do choque provocado pelo conflito na Ucrânia. Esse cenário sinaliza que os aumentos de preços de alimentos e de combustíveis não devem se repetir no Brasil ou devem ser significativamente mais baixos nos próximos meses”.

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