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CNI pede avanço do Mercosul na recuperação econômica da indústria

CNI formula declaração conjunta ao Conselho Industrial do Mercosul defendendo interesses que devem ser aprovados nesta quinta-feira (24/3)

atualizado

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Sede da CNI, Sesi e Senai
1 de 1 Sede da CNI, Sesi e Senai - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) formula uma declaração conjunta ao Conselho Industrial do Mercosul defendendo diversos interesses para o crescimento econômico do setor no Brasil. A pauta deve ser aprovada nesta quinta-feira (25/3), data que marca os 30 anos do acordo.

Na declaração, a CNI pede pela retomada do crescimento econômico nos países do Mercosul, maior participação do setor empresarial na agenda econômica e comercial do bloco, o fortalecimento do livre comércio e a ampliação de acordos com países estratégicos que representem ganhos efetivos.

O Conselho é formado por líderes das entidades industriais dos quatro países do bloco. Além da CNI, fazem parte do fórum a União Industrial Argentina (UIA), a União Industrial Paraguaia (UIP) e a Câmara de Indústrias do Uruguai (CIU).

“O Mercosul é a mais relevante iniciativa de inserção internacional do Brasil até o momento. Porém, o futuro do bloco depende de mais crescimento econômico, do aumento da competitividade e da maior integração interna dos países”, destaca o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

De fato, o bloco é o que mais proporciona resultados econômicos e sociais para o Brasil. Entre 2011 e 2020, o saldo comercial do país com o Mercosul foi de US$ 54,9 bilhões, com a pauta mais diversificada entre todos os grandes destinos de exportações.

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O saldo fica atrás apenas da China (US$ 158,3 bilhões), mas a pauta exportadora com o país asiático é concentrada em poucos produtos.

Massa salarial

Além disso, o comércio do bloco resulta na maior massa salarial por R$ bilhão exportado – R$ 670 milhões ante R$ 450 milhões no caso da China – e produz o maior impacto em cadeia no Brasil por bilhão exportado: R$ 4,12 bilhões.

Em relação aos empregos, é o segundo destino em que as exportações brasileiras geram mais postos de trabalho, perdendo apenas para os Estados Unidos.

No entanto, segundo a CNI, os países do bloco passam por um período de deterioração econômica e da comoditização da pauta de exportação.

“Para reverter o quadro, o setor industrial propõe que sejam elaboradas e implementadas metas macroeconômicas realistas para estabilizar economicamente a região. Devem ser descartados objetivos não viáveis, como moeda única ou convergência macroeconômica”, argumenta a confederação.

Perda de competitividade

De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Mercosul teve um crescimento médio de 2,6% na última década, número inferior ao da expansão econômica mundial (3,7%) e sobretudo em relação ao de países emergentes, que foi de 5,1%.

“A perda de competitividade industrial da região também é evidente e nossos países não estão aumentando sua participação na produção industrial e nas exportações mundiais. Sem um setor industrial vigoroso e competitivo que exporta para a região e para o mundo, o Mercosul não criará empregos na quantidade e qualidade de que necessita”, alerta a declaração conjunta do setor industrial dos quatro países do Mercosul, com propostas para avanço do bloco.

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