CNI diz que 73% das indústrias voltaram a empregar como antes da pandemia
Estudo divulgado em parceria com o Instituto FSB Pesquisa mede os impactos da crise causada pelo novo coronavírus no setor
atualizado
Compartilhar notícia
Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Instituto FSB Pesquisa, aponta que 62% das indústrias do país projetam faturamento maior em 2021 do que o obtido este ano. O estudo, divulgado nesta terça-feira (17/11), mede o impacto da pandemia do novo coronavírus no setor.
A projeção dos empresários é otimista no pós-pandemia: 62% dos entrevistados apostam em aumento do faturamento no próximo ano e 28% acreditam que o ano será de manutenção. Apenas 10% das indústrias apresentam pessimismo com as projeções para 2021.
O levantamento da CNI mostra que, aos poucos, o setor se recupera da crise econômica causada pela paralisação das atividades em função da pandemia. De cada dez indústrias, sete já retomaram o mesmo nível de faturamento e de produção que tinham antes do Brasil começar a sentir os efeitos da Covid-19.
Segundo a CNI, o aquecimento da economia pós-paralisação das atividades e a disponibilidade com baixo custo de matéria-prima serão os motores da recuperação do setor. No âmbito dos investimentos, os empresários afirmam que os esforços estão concentrados na busca de novos fornecedores no Brasil e na aquisição de novo maquinário.
Metade dos entrevistados crê que a responsabilidade pelo aumento futuro da competitividade interna do setor deriva de medidas adotadas pelo governo brasileiro. Entre as medidas, o setor espera pela redução de impostos e o incentivo fiscal, além da facilitação do crédito.
A pesquisa também traz a retomada dos empregos no setor. Aproximadamente 73% das indústrias informaram que estão com o mesmo número de empregados do que o registrado no período pré-pandemia.
Do total de entrevistados, 30% relatou que a crise sanitária impactou drasticamente os negócios das empresas. Apenas 13% dos empresários não tiveram prejuízo no faturamento durante o período.
O estudo entrevistou 509 empresas industriais entre 23 de outubro e 12 de novembro. O grau de confiabilidade do levantamento é de 95%.