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CNI defende o uso de hidrogênio para descarbonizar a indústria

Para a entidade, o país tem potencial para se inserir de forma competitiva nesse mercado. Brasil tem quatro experiências na área

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Chaminés de indústria soltam fumaça em céu acinzentado - Metrópoles
1 de 1 Chaminés de indústria soltam fumaça em céu acinzentado - Metrópoles - Foto: GettyImages

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou um estudo em que defende o uso de hidrogênio sustentável como forma de descarbonização da economia e de transição de fontes energéticas.

Para a entidade, o  país tem potencial para se inserir de forma competitiva nesse mercado, tanto pela disponibilidade de recursos renováveis necessários para produção, como pelas possibilidades de uso interno e exportação.

“A consolidação do Brasil como produtor de hidrogênio tem o potencial de gerar empregos, atrair novas tecnologias e investimentos e desenvolver modelos de negócios, bem como inserir o país numa posição relevante na cadeia global de valor, o que pode alterar positivamente a balança comercial do país”, destaca o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Segundo dados da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), desde 2000 foram identificados 990 projetos de hidrogênio no mundo, e 67 países com ao menos uma iniciativa na área. Desse total, apenas quatro no Brasil.

As iniciativas pioneiras são a do Porto do Pecém, no Ceará; de Suape, em Pernambuco; e a do Porto do Açu, no Rio de Janeiro.

Além da oportunidade de descarbonizar a indústria brasileira, para a CNI, o hidrogênio verde tem potencial para ser exportado, principalmente para a Europa.

Como funciona

O hidrogênio verde é produzido pela eletrólise da água, usando energias renováveis. Para produzi-lo, uma corrente elétrica passa pela molécula de água — por meio dos chamados eletrolisadores — e divide os átomos de hidrogênio e oxigênio.

A CNI defende que o país depende de medidas estruturantes, como a elaboração de uma política industrial que impulsione a produção de equipamentos e a prestação de serviços, com incentivos ao financiamento para descarbonizar setores e segmentos potencialmente competitivos e que possam contribuir para o crescimento econômico do país associado a menores níveis de emissão de gases de efeito estufa.

Além disso, a entidade pede a criação de um observatório para a avaliar a competitividade econômica e ambiental do hidrogênio sustentável nacional e produtos industriais derivados de seu uso.

Segundo o estudo, os setores industriais de refino e fertilizantes, grandes consumidores de hidrogênio, contam com potencial de uso imediato do hidrogênio sustentável como estratégia de descarbonização.

Já siderurgia, metalurgia, cerâmica, vidro e cimento são os que apresentam o maior potencial para adoção do hidrogênio sustentável no curto e médio prazo entre três e cinco anos.

Veja recomendações da CNI para consolidação do mercado de hidrogênio sustentável:

  • Elaboração de metas e estratégias como desdobramento do Programa Nacional do Hidrogênio.
  • Elaboração de estudos relacionados à demanda e à oferta (existente e potencial).
  • Elaboração de uma política industrial para estruturação da cadeia de fornecedores de hidrogênio no país, com seleção de setores e segmentos potencialmente competitivos.
  • Implementação do mercado de crédito de carbono como pilar para incentivar a descarbonização de segmentos da indústria.
  • Capacitação de pessoas para trabalhar na cadeia do hidrogênio.
  • Elaboração de um Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento em Hidrogênio Sustentável.
  • Elaboração de uma política nacional para produção de fertilizantes descarbonizados a partir do hidrogênio sustentável.
  • Organização do mercado interno, por meio de incentivos para substituição de hidrogênio cinza por hidrogênio sustentável nos segmentos de refino, amônia e fertilizantes; estudos sobre o potencial para descarbonização de segmentos energointensivos (siderurgia, cimento, cerâmica, vidro e setor químico); e avaliação da competividade econômica e ambiental.

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