CNI apresenta 38 propostas a Temer para que indústria volte a crescer
Segundo Andrade, entre essas propostas estão a renovação de frota, mais crédito para empresas e crédito para renegociação de dívida
atualizado
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O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse, nesta quarta-feira (27/4), que apresentou 38 propostas ao vice-presidente da República, Michel Temer. O encontro ocorreu durante a tarde desta quarta e contou com a participação das Confederações da Agricultura (CNA), das Cooperativas (CNCoop), de Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida (CNSeg) e de Saúde (CNS). “As medidas que apresentamos é para que a indústria possa voltar a crescer. Para cada segmento, temos propostas bastante consistentes”, afirmou.
Segundo Andrade, entre essas propostas estão a renovação de frota, mais crédito para empresas e crédito para renegociação de dívidas. Ele, no entanto, frisou que não pediu subsídio para financiamentos ou desonerações como estímulo para a indústria. “Nos últimos anos, as empresas acumularam passivos importantes. As empresas precisam desse fôlego para que possam voltar a investir no Brasil. Não falamos em subsídio, essa questão precisa ser discutida com mais cuidado”, observou.
Ele relatou ainda que, na questão trabalhista, é preciso debater a terceirização e a segurança jurídica nos acordos. “Só essas duas questões já resolveriam grandes problemas na Justiça trabalhista”, afirmou. O presidente da CNI ainda afirmou que o País precisa de previsibilidade cambial e disse que pediu isso a Temer. Segundo ele, a proposta é de um política cambial estável para que o setor possa exportar com tranquilidade.
Ele refutou, porém, a possibilidade de controle cambial. “Existem políticas do BC que podem fazer com que o câmbio seja mais previsível. Não estou dizendo que o câmbio tenha de ser R$ 4,00 ou R$ 3,50, mas precisamos de previsibilidade”, disse. Andrade ainda fez críticas às centrais sindicais e disse acreditar que elas não representam mais os trabalhadores.
Para ele, os sindicatos precisam dar sua cota de sacrifício para que a situação do País melhore. “Hoje eles não representam os trabalhadores. Enquanto os trabalhadores perdem emprego, as centrais querem manter as benesses que têm”, criticou.