Churrasco virou luxo: por que carne está tão cara nos últimos meses?
O preço da proteína aumentou pelo quarto mês consecutivo, segundo o IBGE. No acumulado dos 12 meses, as carnes registraram alta de 15,43%
atualizado
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Um dos itens mais consumidos pelos brasileiros, a carne ficou mais cara em novembro, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa terça-feira (10/12).
O preço da proteína aumentou pelo quarto mês consecutivo. No acumulado dos 12 meses, as carnes registraram alta de 15,43%. Anteriormente, a inflação da proteína estava em queda por um ano e meio, mas voltou a subir em agosto de 2024.
Na variação nos últimos 12 meses até novembro, os cortes que tiveram maior elevação dos preços foram: patinho (19,63%), acém (18,33%), carne de porco (17,16%) e peito (17%). As menores foram fígado (-3,62%) e carne de carneiro (2,25%).
De acordo com o IBGE, esse aumento no valor das carnes pode ser explicado pelos seguintes fatores:
- Clima seco e forte estiagem, que contribuíram para a diminuição da oferta;
- Menor quantidade de animais abatidos, devido ao clima seco; e
- Elevado número de exportações da proteína.
O preço das carnes em novembro
O IPCA mostra avanço de 0,39% nos preços do mês passado — o que representa um recuo de 0,17 ponto percentual em comparação a outubro (0,56%). O resultado da inflação de novembro foi puxado, principalmente, pela alta no grupo Alimentação e Bebidas (1,55%), com destaque para o aumento dos preços das carnes (8,02%).
“A alta dos alimentícios foi influenciada, principalmente, pelas carnes, que subiram mais de 8% em novembro. A menor oferta de animais para abate e o maior volume de exportações reduziram a oferta do produto”, ressaltou o gerente do IPCA, André Almeida.
O destaque vai para os seguintes cortes: alcatra (9,31%); coxão mole (8,57%); contrafilé (7,83%); e costela (7,83%).