metropoles.com

China virou maior parceira comercial do Brasil ainda no governo Lula II; veja números

Em 2022, Brasil exportou US$ 89,4 bilhões para a China; importações somaram US$ 60,7 bilhões

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles
Lula China
1 de 1 Lula China - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Em sua terceira visita como chefe de Estado à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega ao país que mantém, há 10 anos, o posto de maior parceiro comercial do Brasil. Nesta sexta-feira (14/4), o petista se reúne com o presidente chinês, Xi Jinping, com a finalidade de inaugurar uma nova fase no relacionamento sino-brasileiro, abalado no governo Jair Bolsonaro (PL).

Estratégica para a política internacional, o gigante asiático se tornou o principal parceiro comercial do Brasil em 2009 — já no fim do governo Lula II. Em 2024, os dois países vão completar 50 anos de relações diplomáticas.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em 2022, as trocas comerciais entre os dois países alcançaram níveis recordes. O volume total comercializado (soma de exportações e importações) atingiu US$ 150,1 bilhões, o que representa crescimento de mais de 16 vezes desde a primeira visita de Lula ao país, em 2004, quando foi de US$ 9,1 bilhões.

A China concentrou 26,8% do total das exportações brasileiras no ano passado. Além disso, dentre as 27 unidades da Federação, 14 tiveram o país asiático como seu principal destino de envios de produtos.

Exportações

No primeiro ano de Lula como presidente, as exportações do Brasil para a China somaram US$ 4,5 bilhões. Em 2022, o montante foi quase 20 vezes maior, de US$ 89,4 bilhões. Veja a evolução:

 

Os principais produtos exportados pelo Brasil para a China no ano passado foram na indústria extrativa: minério de ferro e seus concentrados (com 20% de participação no total) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos (18%). Na agropecuária, a exportação brasileira de soja contribuiu com 36%. Já carne bovina fresca, refrigerada ou congelada representou 8,9% das exportações.

Os demais produtos contribuíram com menos de 5%.

Importações

Em 2003, o Brasil importou mais de US$ 2,1 bilhões em produtos asiáticos, passando para US$ 15,9 bilhões em 2009 (ano em que se tornou primeira parceira comercial do Brasil), até chegar em quase US$ 60,7 bilhões no ano passado.

 

Válvulas e tubos termiônicas foram os produtos mais importados da China pelo Brasil em 2022, com 11% de participação do total de itens comprados do país asiático. Na sequência, aparecem compostos orgânicos-inorgânicos, com 8,2% de participação, e equipamentos de telecomunicações, com 6,8%.

Interesses chineses

Como explicado pelo colunista do Metrópoles Rodrigo Rangel, o gigante asiático corteja o Brasil, maior país da América Latina, para ser seu aliado estratégico também no que chama de redefinição do panorama geopolítico global – uma forma razoavelmente sutil de tratar sua ousada ofensiva para rivalizar com os Estados Unidos pelo posto de maior potência política e militar do planeta no século 21.

Em sua primeira agenda em Xangai, primeira parada no país, Lula fez um discurso se contrapondo à hegemonia americana – a dita “aproximação estratégica” do país asiático com o Brasil, a ser selada no encontro que o brasileiro terá nesta sexta-feira com o presidente Xi Jinping em Pequim, tem sido usada pelos chineses como parte desse plano (entenda aqui).

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?