metropoles.com

CGU: mortos e demitidos por justa causa tiveram seguro-desemprego

Dados são de 2018 e autoria aponta inconsistências e irregularidades que podem chegar ao montante de R$ 149 milhões

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
CGU-grande
1 de 1 CGU-grande - Foto: Reprodução

A Controladoria-Geral da União (CGU) cruzou dados do seguro-desemprego ao longo de 2018, com cadastros do próprio governo federal, e chegou à conclusão de que pode ter havido pagamentos indevidos que chegam ao montante de R$ 149 milhões. Os resultados da auditoria, que identificou possíveis inconsistências e irregularidades, se tornaram públicos na quarta-feira (12/02/2020). As informações são do G1.

Segundo a CGU, cerca de R$ 3,3 milhões foram pagos a 826 pessoas dadas como mortas antes mesmo do requerimento do benefício. Outros R$ 36,8 milhões foram pagos a mais de 28 mil pessoas que já recebiam benefícios do INSS, que, por lei ,não podem ser acumulados com o seguro-desemprego.

Foi o caso, por exemplo, de 14,7 mil pessoas aposentadas por tempo de contribuição. Outros R$ 4 milhões foram destinados a pessoas cuja empresa empregadora já estava fechada antes da data de requerimento do benefício.

Justa causa
A maior parte dos pagamentos potencialmente irregulares, no entanto, foi feita a pessoas demitidas por justa causa e que, por isso, não teriam acesso ao benefício. Foram R$ 105,2 milhões, pagos a 26,5 mil trabalhadores.

“Os fatos descritos demonstram que existem fragilidades no processo de avaliação e de pagamento de seguro-desemprego”, afirma a CGU no relatório.

Segundo os auditores, é possível que parte destes pagamentos esteja relacionada a decisões judiciais não-registradas nos sistemas inspecionados, mas informações pedidas à Secretaria de Previdência sobre o tema não foram entregues até a auditoria ser finalizada.

Controles automatizados
A conclusão da CGU foi pela necessidade de melhorias no cruzamento de informações. “A implementação de controles automatizados (…) é necessária para evitar a realização de pagamentos indevidos e viabilizará a melhoria do gasto público, com economia de recursos e aprimoramento da execução da política pública”, conclui o documento.

Secretaria questiona
Durante a auditoria, a Coordenação-Geral de Gestão de Benefícios (CGGB) da Secretaria de Previdência se manifestou contrária às conclusões dos auditores. O órgão contestou a metodologia da CGU, divergindo quanto ao cruzamento de dados feito, e afirmou que não ficou comprovada a realização de pagamentos indevidos.

Em alguns casos, afirmou que os valores pagos estão sendo cobrados dos beneficiários após checagens posteriores.

A CGU, entretanto, não aceitou completamente os argumentos. Os auditores apontaram casos em que, seguindo as informações da CGGB, as inconsistências persistiam.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?