Cerveja contaminada: polícia faz ação em fornecedora da Backer
Empresa distribui monoetilenoglicol, uma das substâncias encontrada nas cervejas da marca. Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão
atualizado
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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) faz, nesta quinta-feira (16/01/2020), uma operação de busca e apreensão na distribuidora que fornece monoetilenoglicol para a cervejaria Backer, cujos produtos são suspeitos de causar intoxicação em 17 pessoas e causar ao menos três mortes. Também conhecida como etilenoglicol, o monoetilenoglicol foi a segunda substância tóxica identificada na cerveja Belorizontina.
Antes, o Instituto de Criminalística da PC já havia apontado, na perícia, a presença do dietilenoglicol, que a Backer nega utilizar no processo de fabricação das suas cervejas. A substância foi encontrada não só no tanque de fermentação, mas na água.
O monoetilenoglicol também é usado como anticongelante e, segundo a Backer, essa é a substância que eles utilizam nas serpentinas dos tanques de resfriamento.
Segundo o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas, três óbitos foram registrados, e mais um ainda está sob investigação. Em amostras de sangue de quatro dos 17 pacientes já foi identificado o dietilenoglicol.
Foi determinado o recolhimento de todos os produtos e a interdição temporária da empresa. Laudo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apontou contaminação da água utilizada em parte do processo de produção das cervejas da marca.