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Central sindical prevê que greve dos caminhoneiros vai parar o país

Na tentativa de conter o protesto, os estados e o DF anunciaram nesta sexta-feira o congelamento do valor do ICMS sobre combustíveis

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Fábio Vieira/Especial Metrópoles
Antônio Neto (PDT), durante coletiva de imprensa sobre as alianças partidárias
1 de 1 Antônio Neto (PDT), durante coletiva de imprensa sobre as alianças partidárias - Foto: Fábio Vieira/Especial Metrópoles

A greve dos caminhoneiros prevista para o dia 1º de novembro já tem o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e de outras centrais sindicais.

De acordo com o presidente da CSB, Antonio Neto, a paralisação irá acontecer – e em grandes proporções. Num vídeo postado nas suas redes sociais nesta sexta-feira (29/10), ele disse que se reuniu com lideranças de caminhoneiros e de sindicatos de transporte e logística para conversar sobre detalhes do protesto.

Na ocasião, estavam presentes representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (Cnttl), a diretoria da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo (Fttresp) e seus sindicatos filiados, o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido popularmente como Chorão, e o diretor executivo da Nova Central, Nailton Francisco de Souza.

“A greve vai acontecer à 0h do dia 1º de novembro. O Brasil vai começar a parar. Estamos apoiando essa greve. Esses excessos de preços causam revolta em todos os trabalhadores brasileiros”, disse Neto, também presidente do PDT na capital de São Paulo.

“Essa greve é de todo o povo brasileiro. É de quem está tendo que comprar gás e não consegue pagar, a energia está subindo… o povo brasileiro não aguenta mais pagar os lucros bilionários de meia dúzia de acionistas”, acrescentou.

Veja o vídeo:

Na tentativa de conter o protesto, os governos estaduais anunciaram nesta manhã o congelamento do valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado nas vendas de combustíveis por três meses. A decisão foi tomada no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) — órgão composto por secretários de Fazenda dos estados e do Distrito Federal.

Segundo analistas ouvidos pelo Metrópoles, contudo, a medida não deve resultar em queda no preço da gasolina ou do diesel, mas impedir “levemente” que aumente.

De acordo com o economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito, o ICMS é apenas um dos componentes do custo dos combustíveis e, por isso, não deve ter o efeito esperado. “Não vai fazer cair o preço. Vai deixar de piorar. Se subir a gasolina por algum motivo, o ICMS não sobe junto”, explicou.

A única ação que poderia frear a greve seria uma mudança na política de preços da Petrobras. Atualmente, a companhia acompanha os custos do mercado internacional. A categoria quer que seja estabelecido um padrão nacional.

“O governo já decidiu que a política de preços da Petrobras vai continuar da forma que está. Então não tem o que fazer. Aparentemente o governo não quer fazer nada para mudar isso. No Brasil, é tudo 8 ou 80, ou se segura o preço, ou libera o preço o tempo todo, daria para construir soluções no meio do caminho”, sugeriu o economista.

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