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Cenário externo fortalece dólar, que fecha em alta de 1,1% no Brasil

O Índice Bovespa também foi afetado pela disputa comercial entre EUA e China e pela derrota de Macri nas primárias argentinas

atualizado

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Notas de dólar
1 de 1 Notas de dólar - Foto: EBC

A derrota do presidente Mauricio Macri nas eleições primárias, realizadas nesse domingo (11/08/2019), na Argentina, provocou um dia de pânico no mercado financeiro daquele país e de apreensão no resto do mundo. O dólar disparou rapidamente na abertura do mercado argentino e renovou máximas históricas, chegando a ser cotado a 62 pesos, uma alta de 36,7%.

No Brasil, a moeda norte-americana fechou em alta, também por conta da disputa comercial entre Estados Unidos e China, e ultrapassou a casa dos R$ 4. Terminou a segunda-feira (12/08/2019) em alta de 1,1%, vendida a R$ 3,9833, mais cotação em três meses. O Índice Bovespa também foi afetado pelo cenário externo e caiu 2%, indo a 101.915 pontos.

A moeda argentina é, de longe, a que mais se desvaloriza no mundo nesta segunda-feira (12/08/2019). O Banco Central argentino elevou a taxa básica de juros em dez pontos porcentuais para 74% ao realizar um leilão de Letras de Liquidez (Leliq).

O Credit Default Swap (CDS) de cinco anos da Argentina, um termômetro do risco-país, também disparou e era negociado em 2.069 pontos no final da manhã desta segunda-feira (12/08/2019), o que representa um aumento de 105% em relação ao fechamento de sexta-feira (09/08/2019). Com um efeito de contaminação, as taxas no Brasil chegaram a bater em 144 pontos, perante fechamento de 130 pontos na sexta.

Em Nova York, as ações de empresas argentinas despencam e há quedas de até 60%. Papéis de instituições financeiras são os que mais perdem seu valor após Fernández afirmar, na noite desse domingo (11/08/2019), que é preciso reduzir o pagamento de juros aos bancos. Em Buenos Aires, o índice Merval, da Bolsa local, derretia 28%.

Pânico
O pânico gerado nos mercados pelo resultado das primárias, que servem como uma espécie de pesquisa eleitoral para enxugar o número de candidatos que concorrem no pleito decisivo, deriva da interpretação de que “a amplíssima vitória do ex-chefe de gabinete dos Kirchner (Alberto Fernández) põe em xeque a política econômica do governo e o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI)”, avalia a empresa de serviços financeiros INTL FCStone.

“Desconta-se que, se esse resultado se repetir em outubro e se Alberto finalmente for eleito presidente, a Argentina se sentará para renegociar os termos e prazos previstos no pacto selado por Cambiemos (coligação de Macri) com o organismo internacional de crédito”, observa a empresa.

(Com informações do Estadão)

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