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Campos Neto: elevaremos taxa de juros “onde precisar” para regular inflação

O mercado projeta Selic de 8,75% até o fim de 2021, e 9,75% em 2022. Próxima reunião do Copom deve ocorrer no dia 22 de setembro

atualizado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
O economista Roberto de Oliveira Campos Neto, indicado pela presidência da República para o cargo de presidente do Banco Central, durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado
1 de 1 O economista Roberto de Oliveira Campos Neto, indicado pela presidência da República para o cargo de presidente do Banco Central, durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que a taxa básica de juros, regulada pela Selic, será elevada o quanto for preciso para alcançar a meta da inflação. A declaração ocorreu nesta segunda-feira (14/9), durante o evento MacroDay 2021.

Após alta do IPCA de agosto (0,87%), o mercado começou a estimar que haverá um avanço entre 1,25 e 1,50 ponto porcentual na Selic, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcado para o dia 22 de setembro. Na última reunião, houve alta de um ponto. O mercado projeta Selic de 8,75% até o final de 2021 e 9,75% em 2022.

“Vamos elevar a Selic onde precisar, mas não vamos reagir sempre a dados de alta frequência”, disse Campos Neto. O presidente também afirmou que nunca viu tantos choques de inflação em um período tão curto no Brasil, frisando as altas nos preços de alimentos, energia elétrica e combustíveis.

Outro ponto que o chefe da autoridade monetária chamou atenção, mais uma vez, foi que as expectativas de inflação para 2021 e 2022 estão subindo cada vez mais. Desde março, o índice só se distancia do teto da meta estabelecida pelo governo, que é de 5,25%.

Para controlar a alta dos preços, o Banco Central elevou a taxa Selic de 4,25% para 5,25% ao ano em agosto. Com isso, a autoridade monetária busca transmitir mensagem mais dura para não desancorar as expectativas fiscais do ano que vem.

“As mudanças demoram até afetar a economia. A Selic mais alta desestimula a economia pelo canal de crédito e de expectativa. Se um comerciante, por exemplo, não acredita que aquela alta é temporária, ele regula seus preços pensando nisso. Existe uma ancoragem das expectativas”, afirmou ao Metrópoles a chefe de Economia da Rico Investimentos, Rachel de Sá.

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