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Caminhoneiros: Bolsonaro culpa estados pelo preço do combustível

O presidente defendeu ainda fim do monopólio da Petrobras sobre a distribuição como forma de baratear os combustíveis

atualizado

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Presidente Jair Bolsonaro na portaria do palacio do Alvorada
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro na portaria do palacio do Alvorada - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reconheceu o alto preço do combustível e culpou os tributos estaduais e municipais pelo valor final pago pelo consumidor.

“Estamos fazendo o possível para baratear o preço do combustível. Reconhecemos que está alto no Brasil”, disse o presidente.

“Olha, o preço de combustível, lá na refinaria, o preço está lá embaixo, né? Ele cresce, fica alto por causa de quê? Impostos estaduais, ICMS, basicamente, e depois o monopólio ainda que existe na questão da distribuição. Nós estamos buscando quebrar esse monopólio para diminuir o preço. Só com a concorrência ele pode diminuir”, argumentou.

O presidente também defendeu a quebra do monopólio da Petrobras sobre a distribuição de combustíveis no país. “É isso que falei. Quebrar monopólios. Tenho falado com o Paulo Guedes. Tenho levado todas as possibilidades que chegam a mim. Muitas pessoas dão sugestões, eu levo para o Guedes, levo para o presidente da Petrobras, para ver se essas propostas são viáveis ou não”, disse.

Greve
O presidente conversou com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, nesta segunda-feira (16/12/2019) e demonstrou preocupação com uma possível greve de caminhoneiros, que estava marcada para hoje, mas que não aconteceu como previsto.

Essa possibilidade, ao final da conversa foi descartada pelo ministro. “Observe que hoje, de início, não está tendo nada nas estradas, não houve nenhum ponto de bloqueio. Há um respeito muito grande nosso com os caminhoneiros e um respeito dos caminhoneiros com a gente. Conseguimos realmente estabelecer um diálogo, eles sabem que temos as portas abertas”, disse o ministro ao final da conversa com o presidente.

“A gente conseguiu estabelecer um excelente diálogo com a maioria da categoria. A categoria vem reconhecendo isso, está participando das reuniões, está participando da construção de soluções, porque as soluções são construídas em conjunto”, informou o ministro.

Venda direta
Para tentar baixar o preço dos combustíveis, Bolsonaro também informou que o governo estuda uma medida para permitir que os donos de usinas de álcool possam vender seu produto diretamente para os postos de combustíveis. O presidente ainda não sabe quando ocorrerá a mudança nem se será por meio de medida provisória.

“A questão do etanol, nós tentamos, estamos tentando ainda, de modo que as empresas que produzem o etanol, as usinas, possam vender diretamente aos posto de gasolina. Tem caminhão de transporte que anda 400 quilômetros para entregar o etanol a 1 quilômetro da usina. Isso é um absurdo. Tem gente que é contra isso daí, porque há um interesse econômico de grupos aqui do Brasil. Não é fácil buscar solução para tudo, mas estamos fazendo o possível.”

Esta é a segunda vez que o presidente defende a venda direta de álcool, da usina para a bomba. A proposta vem do governo de Michel Temer e chegou a ser sugerida à equipe de Bolsonaro na época da transição, quando houve greve de caminhoneiros. Atualmente, a venda de álcool é intermediada pelas distribuidoras.

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