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Caixa vai vender duas empresas em 2019 para quitar dívida de R$ 40 bi

De acordo com o novo presidente da instituição, primeiras aberturas de capital devem ser feitas neste semestre

atualizado

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Pedro Guimarães, presidente da Caixa, na posse
1 de 1 Pedro Guimarães, presidente da Caixa, na posse - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Após tomar posse como presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães confirmou que deverá vender ao menos duas empresas subsidiárias do banco ainda em 2019. O objetivo é direcionar os valores para pagar parte das dívidas da empresa. Atualmente, a instituição financeira deve aproximadamente R$ 40 bilhões ao governo federal.

Operações de cartões, seguros, accept management e loterias estão entre as alternativas mais adiantadas no banco, segundo informou o executivo. A dívida da CEF com o Tesouro Nacional é relativa aos chamados Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCD).

“A Caixa tem uma dívida com o governo de R$ 40 bilhões, chamada de IHCD. Ela não tem prazo. Isso não é justo. Todos nós aqui temos prazos para pagar. Os bancos privados também têm. Esses R$ 40 bilhões serão pagos, uma determinação de meu chefe, o ministro da Economia”, disse.

“A gente tem várias maneiras de pagar. Uma delas é abrir o capital de empresas que são controladas pela Caixa. Eu tenho quatro anos para fazer esse pagamento. Eu farei. As operações já estão adiantadas. Nós faremos, ao menos, duas este ano”, prosseguiu.

De acordo com Guimarães, as operações que envolvem a abertura de capital de algumas empresas podem ser feitas no primeiro semestre de 2019. “Seguridade, cartões e loterias nós já temos a empresa pronta. É questão de tempo de migrar as operações para essa empresa que já existe. A que vai demorar mais é a accept management, que precisa da autorização da CVM [Comisão de Valores Mobiliários]. Mas as quatro serão feitas e poderemos fazer mais”, concluiu.

Posse
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, deram posse na manhã desta segunda-feira (7/1) aos novos presidentes dos bancos estatais. Além da Caixa, tomaram posse Rubem Novaes, na presidência do Banco do Brasil e Joaquim Levy, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O Diário Oficial da União publicou, em edição extra na última quarta-feira (2/1), a nomeação dos executivos.

Os presidentes anteriores dos bancos públicos eram Marcelo Augusto Dutra Labuto, à frente do Banco do Brasil desde novembro de 2018, quando o então presidente, Paulo Cafarelli, pediu a demissão; e Nelson Antonio de Souza, que dirigia a Caixa desde abril. O ex-ministro do Planejamento Dyogo Oliveira estava à frente do BNDES desde abril.

Conheça o perfil dos executivos
Rubem Novaes, do Banco do Brasil: PhD em economia pela Universidade de Chicago (Estados Unidos), já foi diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Pedro Guimarães, da Caixa: PhD em economia pela Universidade de Rochester (Estados Unidos), seu trabalho analisou os processos de privatização no Brasil. É sócio-diretor do banco Brasil Plural, grupo financeiro fundado em 2009 que atua no mercado de capitais.

Joaquim Levy, do BNDES: PhD em economia pela Universidade de Chicago (Estados Unidos), já foi ministro da Fazenda no governo de Dilma Rousseff (PT), foi diretor do Banco Mundial.

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