Caixa reduz para 50% limite para financiamento de imóveis usados
Medida começa a valer na segunda-feira (25/9). Até novo índice vigorar, compradores conseguiam, no máximo, 70% com o banco
atualizado
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A Caixa Econômica Federal reduzirá a partir de segunda-feira (25/9), o limite para o financiamento de imóveis usados para até 50% do valor. Até hoje, clientes podiam financiar 60% ou 70% do montante, dependendo da operação contratada. A medida reforça o aperto das condições de crédito para o setor, que já sofreu restrição no mês de agosto.
O ajuste dos limites de financiamento ocorre como parte da estratégia de melhor alocação de capital disponível da instituição financeira estatal. Isso acontece porque, a despeito da crise econômica, a concessão de crédito para casa própria continua em forte expansão.
Diante desse cenário, o banco estatal já havia reduzido limites para o crédito imobiliário em agosto. Na ocasião, o teto para o financiamento havia caído de 90% para 80% no caso dos imóveis novos e para os patamares entre 60% e 70% no caso dos usados.
Só para novas operações
Em nota divulgada nesta noite de sexta-feira (22/9), a Caixa informa que o novo limite passará a vigorar na próxima semana apenas para as novas operações. Propostas entregues recentemente e que pediam financiamento nas faixas anteriores terão o processo de análise concluído e, caso aprovadas, terão direito aos limites anteriores de crédito sem alteração dos valores.
A Caixa também deverá anunciar a suspensão temporária dos financiamentos com interveniente quitante – quando um cliente procura a instituição para financiar a compra de imóvel que ainda está alienado em outra operação de financiamento. Nessa transação, o banco quita a dívida com a instituição anterior a partir da criação de um crédito para o novo comprador.
Dados do Banco Central mostram que a carteira de crédito imobiliário soma atualmente R$ 555,1 bilhões, sendo R$ 490 bilhões em operações com taxas reguladas – juros limitados pelo governo – e R$ 65,1 bilhões em financiamentos com juros de mercado.
A grande fonte de recursos para o financiamento imobiliário é a caderneta de poupança e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Dos recursos da poupança captados pelos bancos, 80% devem ser emprestados para a compra da casa própria com juros regulados e 20% podem ser alocados com taxas livres.