Caixa libera R$ 8,7 bilhões para destravar crédito imobiliário
Recursos são destinados às famílias com renda bruta de até R$ 4 mil, especialmente no programa “Minha Casa Minha Vida”
atualizado
Compartilhar notícia
A Caixa Econômica Federal decidiu redirecionar R$ 8,7 bilhões em recursos disponíveis em várias linhas de crédito para o financiamento imobiliário. Os recursos estão disponíveis desde segunda-feira (6/11), e são destinados às famílias com renda bruta de até R$ 4 mil, especialmente no programa “Minha Casa Minha Vida”.
Os empréstimos que usam recursos da poupança, o chamado Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) – segmento bastante usado pela classe média, continuam paralisados por falta de dinheiro e só devem ser retomados em 2018.
Segundo a Caixa, o banco decidiu priorizar as operações de crédito para o segmento habitacional de menor renda – segmento que responde por cerca de 86% dos contratos imobiliários da instituição.Para isso, a assessoria de imprensa do banco destaca que não houve injeção de capital novo e o banco apenas redirecionou o dinheiro disponível que não havia sido usado em outras operações para famílias e empresas, como desconto de duplicatas e capital de giro.
Com o redirecionamento dos recursos, a Caixa espera “normalizar” a situação do financiamento imobiliário para as famílias que ganham até R$ 4 mil mensais. “Com essa suplementação, a Caixa garante recursos suficientes para normalizar o ritmo de contratações do Programa Minha Casa Minha Vida”, cita o banco em nota.
Apesar da demanda nas agências e correspondentes da Caixa, esses financiamentos não estavam sendo aprovados pela falta de recursos. Exatamente por esse problema, o banco havia anunciado nos últimos meses restrições à concessão de novos financiamentos imobiliários.
O banco também anunciou que os pedidos de crédito imobiliário feitos até setembro e que ainda não foram aprovados terão prazo extra – até o fim de novembro – para conclusão da tramitação.
Sobre as operações que usam os recursos da poupança, a Caixa informa que não houve alteração e, diante do fim dos recursos previstos em 2017, a linha de crédito só deve ser retomada no próximo ano.