Caiado: reforma administrativa tem de ir junto ou à frente da tributária
As declarações foram dadas em discussão sobre a PEC 45/2019, uma das proposições que visa simplificar o sistema tributário do país
atualizado
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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirmou, neste sábado (3/10), que, na sua visão, a reforma administrativa tem de caminhar no Congresso Nacional no mesmo ritmo, ou “um passo à frente”, da reforma tributária.
Em participação no debate “Políticas Públicas para o Agro”, organizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o mandatário defendeu que chefes de Executivo assumam uma “parceria junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério Público Federal (MPF) para convocá-los a uma discussão sobre o “fundamento do Estado”.
“O Estado foi criado para sustentar os seus servidores ou foi criado para melhorar a vida da população?”, questionou o governador goiano. “Em segundo lugar, devemos discutir o que é o custo da máquina do Estado e o que o cidadão recebe em contrapartida. O Estado hoje não pode ser sequestrado pelas corporações”, sustentou.
Em seu pedido por prioridade à reforma administrativa, Caiado disse também que, nas suas palavras, a reforma tributária “indiscutivelmente” buscaria aumento da carga tributária, “por mais que seja maquiada”. As declarações foram dadas em discussão sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, uma das proposições que visa simplificar o sistema tributário do país.
Caiado criticou ainda o que chamou de “política populista” de autoridades e associações de classe que lutam contra a reforma do RH do Estado, com a instituição de regras mais duras para progressões, aumentos salariais e penduricalhos na carreira de servidores públicos. “Para combater isso precisamos ter a participação do STF, para o Congresso Nacional legislar de forma a acolher aqueles que têm coragem”, reforçou.
“Vai fazer a reforma tributária, mas como vai fechar conta? Que reforma tributária é essa se não cortarmos estruturas de Estado que estão cortando a capacidade produtiva do cidadão?”, acrescentou.