Brasil tem sexto mês de alta consecutiva no emprego com 34 mil vagas
Crescimento foi puxado pela região Nordeste. Distrito Federal registra alta de 0,01%. Os dados são relativos a empregos formais
atualizado
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O Brasil fechou setembro com uma nova alta no saldo de empregos formais. O mês apresentou um crescimento de 0,1% em relação a agosto, com 34.392 novos postos de trabalho. O índice aponta para a sexta alta seguida do emprego no ano. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (19/10) pelo Ministério do Trabalho.
No total, o mês registrou 1.148.307 admissões e 1.113.915 desligamentos. O saldo acumulado do último ano, contudo, ainda é negativo, com um decréscimo de 466.658 postos de trabalho. O crescimento foi puxado pela região Nordeste, que fechou o mês com a abertura de 29.644 vagas. As regiões Sul e Norte também tiveram números positivos, com 10.534 e 5.349, respectivamente.
O ministério avaliou os dados como um sinal positivo de retomada do crescimento econômico. “Podemos observar uma recuperação de emprego, principalmente pelos setores industriais, que é disseminada e beneficiou principalmente o Nordeste. Um dado a ser bastante comemorado, porque a região vinha ‘patinando’ na recuperação econômica”, afirmou o coordenador de Estatística do Trabalho, Mário Magalhães.O Caged apresentou números positivos em 20 das 27 unidades da Federação. Pernambuco encabeça a lista, com 13.992 novos empregos. A alta do estado foi motivada pela expansão da indústria de transformação, agropecuária e comércio. Em seguida, aparecem Santa Catarina, com 8.011; Alagoas, com 7.411 e Pará, com 3.283. Minas Gerais e Rio de Janeiro apresentaram os piores resultados: tiveram redução de 4.769 e 4.291 postos de emprego, respectivamente.
Entre os setores, quatro contabilizaram aumento de empregos em setembro. No mês, o maior crescimento foi observado na indústria de transformação, com 25.684 novos postos de trabalho. Também registraram alta comércio (15.040), serviços (3.743) e construção civil (380). Houve retração na agropecuária (menos 8.372 vagas); serviços, indústrias de utilidade pública (menos 1.246); administração pública (menos 704) e extrativo mineral (menos 133).
Salários
Apesar da alta de empregos, os salários registrados em setembro apresentaram um decréscimo quando comparados a agosto. O vencimento médio de admissão no último mês foi de R$ 1.685,37. Em agosto, o valor era de R$ 1.704,02. O valor, no entanto, é superior ao de setembro de 2016, que teve salário médio admissional de R$ 1.625,76. A diferença representa ganho real de 5,5%.
As únicas regiões que apresentaram aumento do salário médio de contratação em relação a agosto foram Norte (0,8%) e Centro-Oeste (0,1%). Nordeste (-2,69%), Sudeste (-0,57%) e Sul (-0,4%) acompanharam o decréscimo observado nacionalmente. Os maiores vencimentos foram registrados em São Paulo (R$ 1.719,91) e Rio de Janeiro (R$ 1.642,56). Os menores salários estão em Alagoas (R$ 1.081,80) e no Rio Grande do Norte (R$ 1.099,66).
Distrito Federal
O Distrito Federal ocupa o 14º lugar no ranking das unidades da Federação com o maior saldo de empregos em setembro. Ao todo, o DF registrou uma variação positiva de 0,07%, com 19.508 trabalhadores admitidos e 18.993 desligados.
O salário médio registrado pelo brasiliense em setembro foi o terceiro maior do país: R$ 1.592,93. O valor, contudo, é menor do que o observado em agosto, de R$ 1.609,26. Em relação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 4,8%, com um salto de R$ 1.518,03 para a cifra atual.