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Brasil tem deflação pelo 3º mês seguido: índice é de -0,29% em setembro

Índice acumulado no ano é de 4,09%. Preço dos combustíveis é novamente responsável pela queda na inflação

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1 de 1 Posto de combustível - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, recuou 0,29% em setembro, sendo o terceiro mês de deflação. De acordo com o índice, a inflação acumulada no ano é de 4,09% e, nos últimos 12 meses, de 7,17%. A queda deste mês se apresentou menor que as registradas em julho (-0,68%) e em agosto (-0,36%). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados nesta terça-feira (11/10). 

Novamente, o recuo foi puxado pelo grupo dos transportes (-1,98%). O setor exerceu o maior impacto para que o índice geral fosse negativo, contribuindo com -0,41 ponto percentual. Em setembro, com queda de 8,33%, a gasolina teve o peso mais intenso no IPCA, com diminuição de 0,42 ponto percentual.

Os outros três combustíveis pesquisados também tiveram redução nos preços: etanol (-12,43%), óleo diesel (-4,57%) e gás veicular (-0,23%).

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Em outras palavras, se há  aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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Com isso, os produtos nas prateleiras dos supermercados também começaram a refletir preços menores. O grupo alimentação e bebidas passou de alta de 0,24%, em agosto, para queda de 0,51%, em setembro, puxado pela alimentação no domicílio (-0,86%).

“Os alimentos vinham apresentando crescimento desde o começo do ano, inclusive altas fortes em março (2,42%) e abril (2,06%). Essa queda de setembro é a primeira desde novembro de 2021 (-0,04%)”, afirma Pedro Kislanov, gerente da pesquisa.

Dos produtos que os consumidores vinham reclamando de maior encarecimento, a caixinha de leite longa vida registrou queda de 13,71%, que contribuiu com -0,15 ponto percentual no resultado do mês. Entretanto, o item ainda acumula alta de 36,93% nos últimos 12 meses.

Confira a inflação nos últimos dois meses, a comparação com setembro de 2021 e os acumulados:

Inflação

Na análise das capitais que o IBGE usa para construir o índice, duas das 16 áreas tiveram alta em setembro. A maior variação ficou com Vitória (0,21%). A capital do Espírito Santo sofre com o encarecimento de 13% da taxa de água e esgoto e de 5,01% da energia elétrica. Por outro lado, Porto Alegre apresentou taxa de -0,66%, em razão das quedas de 9,04% nos preços da gasolina e de 17,94% nos preços do leite longa vida.

INPC tem queda de 0,32% em setembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve redução de 0,32% em setembro, resultado muito próximo ao registrado em agosto (-0,31%). No ano, o INPC acumula alta de 4,32% e, nos últimos 12 meses, de 7,19%. Os produtos alimentícios passaram de alta de 0,26%, em agosto, para queda de 0,51%, em setembro. Os preços dos não alimentícios, por sua vez, continuaram caindo (-0,26%), embora o recuo tenha sido menor que o do mês anterior (-0,50%).

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