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Brasil mantém desemprego de 14,7%, e 14,8 milhões buscam trabalho

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (30/6)

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Fotografia colorida de pessoa segurando Carteira de trabalho na rua
1 de 1 Fotografia colorida de pessoa segurando Carteira de trabalho na rua - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Brasil manteve o nível recorde da série histórica de desemprego. A taxa de pessoas sem ocupação foi de 14,7% no trimestre encerrado em abril, a mais alta desde 2012.

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (30/6).

“Essa taxa e o contingente de desocupados mantêm o recorde registrado no trimestre encerrado em março, o maior da série desde 2012”, destacou o IBGE.

Entre fevereiro e abril, o número de desempregados chegou a 14,8 milhões. Os dados integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

A taxa de 14,7% havia sido alcançada no primeiro trimestre deste ano. Em igual período do ano passado (fevereiro a abril), estava em 12,6%.

O número de desempregados aumentou 15,2% (mais 1,9 milhão de pessoas) na comparação anual e 3,4% (mais 489 mil pessoas) na comparação com o trimestre encerrado em janeiro.

Pelas estatísticas oficiais, um profissional está desempregado quando não tem ocupação e segue em busca de oportunidades. O levantamento do IBGE considera tanto trabalhadores formais como informais.

No começo de 2021, o aumento de casos de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, provocou novas restrições a atividades econômicas, o que dificultou o funcionamento de empresas e a reação do mercado de trabalho.

Estabilidade dos empregados

A população ocupada — 85,9 milhões de pessoas — mostrou estabilidade em relação ao trimestre móvel anterior, mas ficou 3,7% abaixo do número que o país registrava no trimestre fechado em abril do ano passado, quando foram observados os primeiros efeitos da pandemia. Ou seja, o país tem menos 3,3 milhões de pessoas trabalhando desde o início da pandemia.

“O cenário foi de estabilidade da população ocupada (85,9 milhões) e crescimento da população desocupada, com mais pressão sobre o mercado de trabalho”, avaliou a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

O nível de ocupação (48,5%) continua abaixo de 50% desde o trimestre encerrado em maio do ano passado, o que indica que menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país.

A perda de trabalho no entanto tem sido reduzida. No trimestre terminado em março, o país havia perdido cerca de 6,6 milhões de postos de trabalho na comparação com igual trimestre do ano passado.

“Os efeitos da pandemia sobre a ocupação começaram em abril do ano passado. Então, por isso, a gente começa agora a ter uma tendência de diminuição dessa diferença do número de ocupados”, destaca Adriana.

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