Brasil fecha acordo com Estados Unidos e receberá investimento em 5G
Leilão que definirá o uso da banda de internet de alta velocidade ocorrerá no ano que vem
atualizado
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O Banco Americano de Importação e Exportação (EximBank) firmou um acordo com o governo brasileiro para o investimento de US$ 1 bilhão em infraestrutura, transportes e telecomunicações, incluindo o desenvolvimento da rede 5G, tecnologia que tem sido disputada entre investidores americanos e chineses, com leilão da banda marcado para 2021.
O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Robert O’Brien, reforçou as relações entre Brasil e Estados Unidos e a proximidade entre o presidente brasileiro e o americano Donald Trump.
“Em 2019, o presidente Trump colocou o Brasil como principal aliado extra Otan. Hoje assinamos o investimento de US$ 1 bilhão, que soma-se ao outro US$ 1 bilhão. É um acordo que sela a parceria e empresários de ambos os países vão trabalhar juntos. Assinamos um compromisso com a democracia e lutamos por eleições livres na Venezuela. O Brasil, com sua grande vocação humanitária, abrigou mais de 265 mil refugiados”, reforçou O’Brien.
A presidente do EximBank, Kimberly Reed, também fez questão de reforçar o investimento em 5G. “Vamos promover o investimento em telecomunicações, incluindo o 5G, energia renovável, petróleo e gás, logística e indústria, incluindo a fabricação de aeronaves”, disse.
O EximBank está disposto a considerar um pedido da Gol Linhas Aéreas para a compra de aeronaves Boeing, a serem entregues em 2021. O banco também emitiu carta de interesse de R$ 1,93 bilhão para a reforma da usina nuclear de Angra dos Reis.
Além disso o banco americano deu suporte para a compra de aeronaves de pulverização para o agronegócio.
Acordos e reformas
Paulo Guedes focou nos acordos comerciais dos quais o Brasil faz parte, e aqueles que ainda estão em andamento. “O Brasil está se abrindo para todo mundo. Nós fizemos um acordo com o Mercosul, que estava parado há oito anos, fizemos um acordo com a União Europeia [ainda não aprovado], parado há 20 anos. Fizemos um acordo com a área de livre comércio europeia, começamos as negociações com Japão, Coreia do Sul, Canadá, e chegamos finalmente a um grande acordo com os americanos”, frisou.
O ministro da Economia também falou nas reformas promovidas pelo governo e Congresso. “No primeiro ano e meio do nosso mandato, nós focamos no controle do gasto público. Esse acordo com o EximBank chega num momento em que a nossa infraestrutura logística, cabotagem, mineração, petróleo, gás natural, todo esse horizonte de investimento começa a ser desbloqueado”, disse.