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Bradesco e Itaú reduzem projeções para o PIB

Avaliações dos bancos Bradesco e Itaú registram estimativas de contração no Produto Interno Bruto

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O conturbado quadro político atual levou dois dos maiores bancos do País, o Bradesco e o Itaú Unibanco, a refazerem suas projeções sobre as principais variáveis macroeconômicas. As principais modificações foram feitas nas expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e para o Produto Interno Bruto (PIB).

Em nota, o Bradesco diz que “o enfraquecimento da atividade apontada pelos indicadores correntes nos levou a calibrar nossas expectativas para o PIB e a inflação”.

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Para 2022, a expectativa foi de 66,80% para 66,60%, ante 69,30% de um mês atrás
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Para 2022, a expectativa foi de 66,80% para 66,60%, ante 69,30% de um mês atrás

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Já o Itaú Unibanco apresentou o relatório “Reformas incertas, cenário mais desafiador”, onde o banco mostra que a previsão para a inflação de 2017 foi reduzida, enquanto a projeção para 2018 foi elevada, em função da estimativa de depreciação cambial

No caso do Bradesco, para o PIB a estimativa atual é de estabilidade este ano e crescimento de 2% em 2018, na comparação com as projeções anteriores de alta de 0,3% (2017) e de 2,5% (2018). Na análise do Bradesco, apesar do crescimento de 1,0% do PIB no primeiro trimestre deste ano, a alta foi quase totalmente explicada pelo setor agropecuário, com desempenho ainda fraco da indústria e do segmento de serviços. Somado a isso, avalia, os dados correntes apontam para uma contração de 0,4% do PIB no segundo trimestre, aumentando as dúvidas sobre a intensidade da retomada da economia no segundo semestre.

Depois do crescimento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, o Itaú Unibanco prevê queda de 0,2% no dado do período de abril a junho, com ajuste sazonal. Para o PIB fechado em 2017, a projeção foi reduzida de alta de 1,0% para expansão de 0,30%, dada a expectativa de retomada mais lenta da atividade no segundo semestre deste ano. Para 2018, a projeção é de crescimento de 2,7% do PIB. “A complexidade do cenário, a incerteza sobre as reformas e a queda menor dos juros constituem um cenário desafiador e devem pesar sobre a atividade.”

De acordo com o banco, a nova trajetória de crescimento da atividade é consistente com a taxa de desemprego a 14,0% ao fim de 2017 (previsão anterior era de 13,8%) e de 14,3% no encerramento de 2018 (ante previsão passada de 13,6%). A taxa de desocupação deve atingir, segundo a instituição, o auge em setembro do ano que vem, quando tende a chegar a 14,3%.

Inflação e juros. Para o Bradesco, a projeção para o IPCA deste ano passou de 3,70% para 3,40%, enquanto a estimativa para o a inflação fechada no ano que vem saiu de 4,10% para 4,00%. Com previsão de alta do dólar no ano que vem, o Itaú aumentou a projeção para o (IPCA) de 3,80% para 4,10%. Porém, para 2017, diminuiu a previsão de 3,90% para 3,70%. O Itaú explica que a inflação mais bem comportada na margem mais do que compensou o efeito da revisão no cenário para a taxa de câmbio.

A expectativa do Itaú é que a inflação acumulada em 12 meses desacelere para 3,2% em junho, com um piso no ano de 2,9% em agosto, e atingindo 3,2% em setembro.

O Bradesco entende que a manutenção da política econômica segue fundamental para a retomada gradual da economia. Segundo a instituição, o ambiente desinflacionário, com expectativas bastante ancoradas, deve permitir que o ciclo de queda da taxa de juros se estenda ao longo do segundo semestre, levando a Selic a 8,00% no fim de 2017.

O Itaú acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzirá o ritmo de corte da taxa de juros de um ponto para 0,75 ponto porcentual em julho. Nas reuniões seguintes, o banco espera a velocidade de queda dos juros diminua novamente, para 0,50 ponto porcentual por encontro e continue neste passo até que a taxa Selic atinja 8% no final no ano.

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