Bovespa tem pior resultado desde áudios de Temer e Joesley
O Ibovespa recuou 7%, a 105.718 pontos. Já em 18 de maio de 2017, a bolsa caiu 8,8%, fechando em 61.597 pontos
atualizado
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A descoberta de casos de coronavírus no país, somado à disparada no preço do petróleo e o aumento na tensão entre governo e Congresso, fez com que a bolsa de valores reagisse com uma queda acentuada do mercado de capitais.
Nesta quarta-feira (26/02/2020), a Bovespa encerrou as negociações em queda de 7%, a maior baixa diária desde o dia 18 de maio de 2017. Foi nesse dia que foi revelado um áudio envolvendo o ex-presidente Michel Temer e o executivo da JBS Joesley Batista.
Na gravação, o ex-presidente, logo após Joesley dizer que estava mantendo uma boa relação com o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ), é flagrado dizendo: “Tem que manter isso aí, viu?”.
Nesta quarta, o Ibovespa, que é o principal marcador da bolsa, após a queda de 7%, fechou em 105.718 pontos. Já em 18 de maio de 2017, dia seguinte à divulgação das gravações de Temer, a bolsa recuou 8,8%, fechando em 61.597 pontos.
Na época, essa havia sido a maior queda diária desde o dia 22 de outubro de 2008, quando a bolsa caiu 10,18%, reagindo à crise financeira internacional, segundo estudos da provedora de informações financeiras Economatica.
Dólar
No Brasil, onde foi confirmado o primeiro caso de infecção pelo coronavírus da América Latina, o dólar, nesta quarta-feira, fechou no valor de R$ 4,4413 – com alta de 1,14%, depois de alcançar o recorde da cotação nominal no país (R$ 4,4475).
O dólar começou o pregão desta quarta-feira (26/02/2020) cotado a R$ 4,4120, em meio a ajustes pós-Carnaval, quando os ativos computaram perdas fortes devido à disseminação do coronavírus fora da China.
A moeda norte-americana atingiu R$ 4,4245 e, às 13h15, tinha alta de 0,66%, cotada a R$ 4,4215. Logo depois, chegou a R$ 4,4475.