Bolsonaro volta a rejeitar nova CPMF: “Essa ideia não dá”
Ministro da Economia, Paulo Guedes defende que seria um jeito eficiente e rápido de arrecadar imposto, desde que a alíquota seja baixa
atualizado
Compartilhar notícia
Em almoço oferecido a jornalistas na tarde deste sábado (31/08/2019), na sede do Quartel General do Exército em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a rejeitar a ideia de o governo federal apresentar um imposto nos moldes da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
“Estive com a equipe econômica essa semana e essa ideia não dá, eu falei pra eles. É um imposto carimbado já, as pessoas não querem”, ressaltou chefe do Executivo federal.
A declaração do presidente vai na contramão do que defende o ministro da Economia, Paulo Guedes. No último dia 21, o ministro confirmou a intenção do governo em também criar um imposto federal sobre transações financeiras, como forma de compensar a desoneração da folha de pagamentos.
Para Guedes, uma tributação parecida com a CPMF seria um jeito eficiente e rápido de arrecadar imposto, desde que a alíquota seja baixa. “Pequenininho, [o tributo] não machuca”, disse.
“Não!”
Em julho, Bolsonaro já havia sido enfático sobre o assunto: “CPMF de volta, não”. Na ocasião, ele garantiu que a reforma tributária preparada pelo governo não criaria nenhum novo tributo para os cidadãos brasileiros.
No entanto, um dia após Guedes dizer que o imposto não machucaria se pequenininho, o presidente ponderou: “Vou ouvir a opinião dele [Paulo Guedes]. Se desburocratizar muita coisa, esta burocracia enorme, estou disposto a conversar. Falei que não pretendo criar a CPMF”.
A proposta do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, é criar o novo imposto para compensar uma desoneração da folha de pagamento para as empresas. (Com Agência Estado)