Bolsonaro sobre reajustes da Petrobras: “Tem coisa a ser explicada”
Presidente Jair Bolsonaro anunciou o general Silva e Luna para a presidência da petroleira, a partir de março de 2021
atualizado
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O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), criticou, nesta segunda-feira (22/2), o atual presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, por ele ter ficado de home office durante a pandemia do novo coronavírus. O chefe do Executivo federal também alegou haver “coisa que tem que ser explicada” sobre os consecutivos reajustes promovidos pela estatal.
Na última sexta-feira (19/2), Bolsonaro anunciou que não vai reconduzir Castello Branco para o cargo de diretor-presidente da Petrobras, após uma sequência de altas nos preços da gasolina e do diesel vendidos às refinarias.
“Ninguém vai interferir na política de preços da Petrobras. Eu não consigo entender, em um prazo de duas semanas, ter um reajuste no diesel em 15%. Não foi essa a variação do dólar aqui dentro, nem do preço do barril lá fora. Tem coisa que tem que ser explicada”, disse Bolsonaro.
Bolsonaro ressaltou que não houve interferência na política de preços da Petrobras, mas apenas quer “transparência e visibilidade” na estatal.
“O atual presidente da Petrobras está há 11 meses em casa, sem trabalhar, né? Trabalha, mas de forma remota. Agora, o chefe tem que estar na frente, bem como os seus diretores. Então, isso para mim é inadmissível. Descobri isso há poucas semanas”, completou.
“Imagina eu, o presidente, em casa por causa da Covid-19, ficando aqui no Alvorada. Não justifica isso daí. Inclusive, o ritmo de trabalho”, prosseguiu o presidente, nesta manhã.
Os servidores da Petrobras estão em teletrabalho desde março do ano passado. A medida é essencial para evitar a disseminação da Covid-19, que já matou mais de 246 mil pessoas somente no Brasil.