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Bolsonaro reclama que preço do combustível não reduziu nas bombas

Petrobras reduziu em 3% valor da gasolina nas refinarias na terça. Presidente voltou a defender venda direta do etanol, sem intermediários

atualizado

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1 de 1 bolsonaro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender, neste sábado (18/01/2020), a venda direta do etanol sem a participação de intermediários. “Semana passada, nós baixamos em 3% em média o preço dos combustíveis nas refinarias. Mas na bomba aumentou de preço“, reclamou.

” [Nessas horas] É fácil culpar alguém. O trabalho do Estado não é atrapalhar a vida de vocês. Nós temos que mudar uma cultura no Brasil, ainda somos um país estatizante. Eu era estatizante, nunca neguei, mas mudei, evolui. O Brasil está mudando”, completou.

A questão do combustível entrou na pauta do governo após a crise envolvendo os Estados Unidos, Irã e Iraque, que elevou o preço do petróleo no mercado internacional. Além da venda direta, o presidente defendeu que os estados reduzam o ICMS cobrado dos combustíveis para diminuir o valor na hora de abastecer o tanque.

O Metrópoles mostrou nessa quinta-feira (16/01/2010) que depois de aumentarem em até 25 centavos o preço da gasolina no fim de semana passado, postos de combustível no Distrito Federal voltaram a praticar cifras menores dois dias após a Petrobras reduzir em 3% o valor do produto nas refinarias. É possível encontrar o litro por R$ 4,31.

Caso os estabelecimentos não tivessem majorado as bombas às vésperas do anúncio da Petrobras, abastecer o tanque poderia custar menos ainda no DF.

Aliança pelo Brasil

Sem compromissos oficiais em sua agenda, Bolsonaro esteve na Associação Comercial do DF, em evento do Aliança pelo Brasil, partido que tenta criar para comandar após a sua saída do PSL. O encontro começou com a execução do Hino Nacional, ato transmitido pelo Facebook do presidente. Ao chegar, Bolsonaro foi aplaudido e chamado de “mito”.

“Queremos formar um partido compromissado com o futuro do país. A bandeira é de um Brasil melhor para todos, onde os valores familiares falam alto, de patriotismo, de defesa do nosso país”, discursou.

O presidente comparou a Presidência da República a “um casamento”. “Um casamento de quatro ou oito anos, quem sabe por mais tempo lá na frente. Tenho um compromisso com vocês”, disse. “Jamais pensei que uma pessoa do nosso perfil chegaria à presidência”, emendou.

Durante a semana, a assessoria do presidente chegou a negar que Bolsonaro participaria do evento. Mas o chefe do Executivo Nacional decidiu intensificar a atuação como garoto-propaganda do novo partido.

Na tentativa de conseguir arrecadar, até março, as 491,9 mil assinaturas necessárias para colocar a legenda de pé a tempo de estrear nas eleições municipais, Bolsonaro pode viajar para 21 estados até o fim de fevereiro e participar pessoalmente da coleta de apoio em alguns desses locais, principalmente no Nordeste. Segundo a direção da legenda em criação, 100 mil assinaturas foram recolhidas até agora.

Os primeiros eventos ocorrem neste sábado em Brasília e João Pessoa (PB). Os dois últimos estão previstos para 16 de fevereiro no Rio de Janeiro (RJ) e em Palmas (TO). O Aliança prepara estrutura para receber um número mínimo de 2 mil apoiadores em cada encontro, que também deve ter a presença de deputados federais, do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), filho do presidente, e de dirigentes do partido em formação.

De acordo com o coordenador de compliance e governança do Aliança, Mário Lima, a sigla está priorizando a realização de reuniões no fim de semana para que Bolsonaro possa participar sem estar ocupado com despachos no Palácio do Planalto. “No meio de semana ele é presidente, nos fins ele está livre”, disse. O ato de lançamento do Aliança foi em novembro passado.

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