Bolsonaro fala que economia do país surpreendeu em 2020 e defende reformas
Ao lado do ministro da Economia, presidente disse que o crescimento econômico projetado para 2021 é de 3,5%
atualizado
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Em videoconferência com investidores nesta terça-feira (26/1), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que a economia brasileira “superou as expectativas dos mais céticos”, em 2020, e projetou que o corrente ano terá resultados “bastante positivos”.
“Apesar da Covid-19, nosso governo manteve compromisso com os empreendedores, investidores e empregados. Conseguimos preservar milhões de postos de trabalho em plena pandemia e garantimos as cadeias de abastecimento no país”, disse ele no início do discurso, citando dados de criação de emprego no país.
“Estamos no caminho para um 2021 de crescimento econômico projetado em 3,5%. Meu governo entende os problemas estruturais pelos quais passa a indústria brasileira e mundial. Estamos empenhados em realizar mudanças nesse setor, com pensamento estratégico e redefinição de vínculos das cadeias produtivas globais”, disse ele.
Acompanhado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que discursou em seguida, o chefe do Executivo defendeu as reformas tributária e administrativa, que estão emperradas no Congresso e não avançaram ao longo do ano passado.
“Vamos avançar na tramitação de propostas de reforma fiscal, tributária e administrativa, em parceria com o Congresso Nacional e a sociedade brasileira”, afirmou Bolsonaro.
OCDE
O presidente também voltou a defender a adesão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o “clube dos países ricos”. A organização é formada por nações com alto grau de desenvolvimento e com Produto Interno Bruto (PIB) per capita elevado, além de indicadores sociais que revelam uma boa qualidade de vida.
“A nossa acessão à OCDE permanecerá como meta prioritária da política externa brasileira”, salientou Bolsonaro. No início do ano passado, os Estados Unidos anunciaram que dariam apoio à entrada do Brasil na OCDE. De lá para cá, porém, pouco se avançou nesse ingresso.
Presente na mesa ao lado do presidente, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, não fez uso da palavra.