Bolsonaro e Guedes defendem medidas contra desmatamento na Amazônia
O presidente e o ministro da Economia comemoraram o lançamento de um fundo para financiar ações na região amazônica, em reunião do BID
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, comemoram o lançamento de um fundo para financiar ações na região amazônica durante a 61ª Assembleia de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), nesta quinta-feira (18/3).
Representantes do BID estão reunidos até domingo (21/3), em Barranquilla, Colômbia, virtualmente, para discutir o desenvolvimento sustentável da floresta amazônica.
A proposta foi um pedido feito pelo Brasil no ano passado, após o país ter sido alvo de uma reação negativa internacional motivada pelo desmatamento na região.
No evento, Bolsonaro se defendeu das críticas e afirmou que no Brasil, nos últimos 6 meses, por iniciativa do governo, houve uma queda de 20% nos alertas de desmatamento em comparação com o mesmo período do ano anterior. “Conseguimos evitar o desmatamento de área equivalente a 1 mil quilômetros quadrados”, disse.
Para o presidente, é motivo de satisfação que o fundo tenha como prioridade o incentivo à bioeconomia e afirmou que o governo ficou orgulhoso pela sugestão ter sido acolhida por outros países.
“Nossos esforços estão voltados para dar continuidade a esses resultados nos próximos meses. Seremos auxiliados nessa tarefa pelo satélite Amazônia 1, lançado no fim de fevereiro. É o primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, testado e operado pelo Brasil”, informou Bolsonaro.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a exploração não-sustentável da floresta é sinônimo de um sistema econômico de baixa produtividade.
“A sustentabilidade da Amazônia depende da desburocratização e modernização do estado brasileiro. O aproveitamento sustentável dos recursos florestais gera renda e emprego para as comunidades locais e traz novos aliados para o combate do desmatamento ilegal. Queremos extirpar o desmatamento ilegal”, afirmou.
Outro pedido feito pelo Brasil ao BID diz respeito à transparência dos gastos na Amazônia. O fundo respeitará as prioridades nacionais e interesses soberanos de cada país, porém, de acordo com Bolsonaro, o governo não abrirá mão da inovação da iniciativa privada e da versatilidade.