metropoles.com

Bolsonaro diz que, se reeleito, irá atualizar a tabela do IR em 2023

Presidente afirmou que atualização no Imposto de Renda já está acertada com o ministro da Economia, Paulo Guedes, mas não citou percentual

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Gustavo Moreno/Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro desce a rampa no Palácio do Planalto acompanhado do ministro da economia Paulo Guedes, durante cerimônia de lançamento do novo documento nacional de identidade
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro desce a rampa no Palácio do Planalto acompanhado do ministro da economia Paulo Guedes, durante cerimônia de lançamento do novo documento nacional de identidade - Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta terça-feira (2/8), que vai ter uma atualização na tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) em 2023, caso seja reeleito. Segundo ele, essa iniciativa já está acertada com o ministro da Economia, Paulo Guedes, mas ainda não foi definido o percentual.

“Havia compromisso nosso de mexer na tabela sim, buscar uma atualização. Veio a pandemia, aí foi uma desgraça para a gente, assim como algumas coisa não consegui botar para frente. Já tá conversado com o Paulo Guedes, vai ter atualização da tabela do Imposto de Renda para o próximo ano, está garantido já”, disse Bolsonaro em entrevista à Rádio Guaíba.

“Não sei o percentual ainda, mas vamos começar a recuperar isso aí. Porque tá virando, na verdade, o imposto de renda, um redutor de renda, e não uma tabela. Então, tem razão, está acertado com o Paulo Guedes, já entra aqui na Lei de Diretrizes Orçamentárias essa questão de correção da tabela.”

Promessa de campanha

A correção da tabela do IR foi uma promessa de campanha de Bolsonaro em 2018. Também não houve aumento nas deduções permitidas, como dependentes ou educação. Atualmente, somente 8 milhões de brasileiros estão isentos do pagamento. A faixa salarial para isenção vai até R$ 1.903,98 (pouco acima do valor do salário mínimo, em R$ 1.212).

De acordo com a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco), 15 milhões de pessoas que deveriam estar isentas serão tributadas por causa da não correção da tabela, chegando a 134,53% de defasagem.

Também segundo a Unafisco, se a correção da tabela pela inflação fosse aplicada, a faixa de isenção atingiria todos os que ganhassem até R$ R$ 4.465,35 por mês.

A última vez que a tabela sofreu alguma correção foi em 2015, quando a então presidente, Dilma Rousseff (PT), estabeleceu reajuste, em média, de 5,6% nas faixas salariais de cálculo do IR, índice bem inferior à inflação naquele ano, que superou os 10%.

Veja como é hoje:

Salário de Até R$ 1.903,98: alíquota do IRPF é isenta e a parcela dedutível é 0;

Salário de R$ 1.903,99 até R$2.826,65: alíquota do IRPF é 7,5% e a parcela dedutível é 142,8;

Salário de R$ 2.826,66 até R$3.751,05: alíquota do IRPF é de 15% e a parcela dedutível é 354,8;

Salário R$ 3.751,06 até R$4.664,68: alíquota do IRPF é de 22,5% e a parcela dedutível é de 636,13;

Salário acima de R$ 4.664,68: alíquota do IRPF é de 27,5% e a parcela dedutível é de 869,36.

A proposta original de Bolsonaro era isentar todos os brasileiros que ganhassem até cinco salários mínimos (pouco menos de R$ 5 mil na época).

No fim do primeiro ano de mandato, Bolsonaro modulou o discurso e reduziu o valor de isenção defendida para R$ 3 mil. Em 2020, contudo, com a pandemia de Covid-19 e o rombo nas contas públicas, Bolsonaro passou a admitir que não seria possível elevar o piso de isenção de R$ 5 mil até o fim do atual mandato.

O tema é debatido no Congresso Nacional. Em setembro de 2021, a Câmara dos Deputados aprovou uma proposta do Executivo, defendida pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, que prevê reajustar a faixa de isenção do IR dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 2,5 mil mensais. O texto seguiu para o Senado, onde é relatado pelo senador Ângelo Coronel (PSD-BA).

No fim do ano passado, Coronel apresentou um projeto alternativo que prevê o aumento da isenção para R$ 3,3 mil. Se for aprovado, 20 milhões dos 32 milhões de contribuintes ficarão isentos.

Manutenção de Guedes

Na mesma entrevista, questionado sobre a manutenção de Guedes em um eventual segundo mandato, Bolsonaro disse que o casamento com Guedes “não tem data de validade, é enquanto durar o mandato”.

Em junho, Bolsonaro já havia dito que há uma lealdade mútua entre ele e o ministro da Economia a preferência de “prosseguir” sem mudanças no cargo.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?