Bolsonaro: “Conto com patriotismo do Congresso para discutir reforma”
O presidente afirmou que, sem o entendimento do Parlamento em relação à Previdência, “o país está, economicamente, fadado ao insucesso”
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse “contar com o patriotismo” de deputados e senadores nas discussões para mudar a proposta de reforma da Previdência, enviada na semana passada pelo governo ao Congresso.
“Não tenho a menor dúvida de que o Parlamento fará as correções que tem de ser feitas, porque, afinal de contas, nós não somos perfeitos e essa proposta tem de ser aperfeiçoada”, afirmou, após participar da cerimônia de posse da nova diretoria de Itaipu.
“Nós contamos com o patriotismo e o entendimento do Parlamento para que possamos, de fato, ter uma reforma da Previdência, porque, caso contrário, economicamente, o Brasil é um país fadado ao insucesso”, acrescentou.
Bolsonaro não comentou o fato de que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, entrou na Justiça, por meio de uma liminar, solicitando a retirada de reportagens da Folha de S.Paulo sobre o esquema de candidaturas laranja do PSL em Minas Gerais. O pedido foi negado. “Peço, por favor, estamos tratando de uma questão de extrema importância para o país. Outra pergunta”, disse.
Bolsonaro também não comentou a situação da Venezuela e os conflitos na fronteira com Roraima.
Tratado de Itaipu ‘sempre trouxe problemas’
O presidente Jair Bolsonaro disse que o tratado de Itaipu “sempre trouxe algum problema no passado”. Em sua avaliação, porém, essas questões serão superadas pelos militares e pelas pessoas à frente do Brasil e do Paraguai. O tema deve ser tratado em reunião bilateral entre os dois países, em Brasília, no dia 12 de março. “Tenho certeza de que essa questão aí, que sempre trouxe algum problema no passado, será superada por pessoas com essa formação e dessa natureza”, disse.
Bolsonaro disse que trabalhou como militar na fronteira entre Brasil e Paraguai, assim como o novo diretor-geral de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, que serviu, por dois anos, como representante militar no Paraguai. Ele aproveitou para elogiar o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benitez, por “sua formação de direita, homem cristão, conservador, que quer o bem do seu país”.
Sobre o fato de o ex-ministro da Secretaria de Governo Carlos Marun ter sido nomeado para o Conselho de Itaipu em um dos últimos atos do governo do ex-presidente Michel Temer, Bolsonaro pareceu não ter conhecimento da decisão. Ele respondeu: “O Marun foi… tá mantido? Tá mantido no Conselho. Foi indicação do presidente Temer e o nosso compromisso é daqui para frente”, disse.
Bolsonaro disse que a reunião bilateral que teve com o presidente do Paraguai pouco antes da cerimônia de posse de Itaipu foi um “aquecimento” para o encontro que será realizada em Brasília em março. “O que está mais latente no momento é a questão das pontes. Vamos dar mais um passo na questão da tarifa, não há dúvida”, disse. Bolsonaro voltou a agradecer o Paraguai pelo envio de criminosos brasileiros que estavam no país e disse que Marito “inspira confiança”.
“Teremos, no próximo mês, reunião para tratar de dois assuntos: concretização das duas pontes, aprofundamento do acordo que temos no combate ao crime organizado e lavagem de dinheiro, entre outros. Esse simbolismo é de extrema importância”, disse.