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Bolsonaro admite inflação, mas atribui aumento de preços ao lockdown

Em interação com apoiadores, presidente responsabilizou governadores e prefeitos que adotaram medidas de restrição de circulação

atualizado

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Agenda do Presidente Jair Bolsonaro durante Cerimônia de anuncio Caixa Patrocínio ao Esporte Brasileiro
1 de 1 Agenda do Presidente Jair Bolsonaro durante Cerimônia de anuncio Caixa Patrocínio ao Esporte Brasileiro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em conversa com apoiadores nesta quarta-feira (9/6), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu que a inflação está elevada, mas atribuiu a alta de preços a medidas de restrição de circulação, adotadas por governadores e prefeitos como forma de conter a disseminação da Covid-19.

“Tem inflação em alimentos sim, não vou negar. Estamos, agora, tentando diminuir o preço do milho. Vai atingir diretamente a galinha, o ovo. Da onde vem isso aí? Da política do ‘fica em casa, que a economia vem depois’”, apontou Bolsonaro.

E ele lembrou que criticava a iniciativa já em março do ano passado. “Está vendo aí, ó? A política do lockdown, fecha tudo, fecha comércio destrói empregos”, disse o presidente na saída do Palácio da Alvorada.

Segundo divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 0,83% em maio, 0,52 ponto percentual acima da taxa de abril, que registrou alta de 0,31%. Esse é o maior resultado para um mês de maio desde 1996, quando a inflação foi de 1,22%.

Em 2021, o índice acumula alta de 3,22% e, nos últimos 12 meses, de 8,06%, acima do teto da inflação definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), do Banco Central (BC).

“Imagine se o campo, o agronegócio tivesse parado? Não teríamos inflação, teríamos desabastecimento. Vai acomodando as coisas”, prosseguiu Bolsonaro.

Elogios a ministros

Em seguida, o chefe do Executivo elogiou alguns de seus ministros: Tereza Cristina (Agricultura), Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Tarcísio Gomes de Freitas (Meio Ambiente). Salles é investigado por suspeita de favorecer a venda ilegal de madeira da Amazônia.

A abertura do inquérito contra ele foi autorizada pela ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), na última semana. A notícia-crime foi protocolada pelo delegado da PF Alexandre Saraiva, ex-superintendente da corporação no Amazonas.

“Agricultura está tendo um impulso muito grande. Temos uma excelente ministra, a Tereza Cristina. Temos um excelente ministro do Meio Ambiente também, Ricardo Salles. Ninguém vai dar tiro em alvo não compensador. Infraestrutura também está excelente com o Tarcísio. Ele é formado pelo IME. Duas vagas da Câmara, ele passou no concurso nacional. Não há dúvida que ele tem propostas para ganhar 10 vezes mais aí fora do que como ministro.”

A conversa de Bolsonaro com apoiadores foi registrada pelo canal Foco do Brasil, no YouTube.

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