Bolsas de valores ensaiam leve recuperação, mas voltam a cair
Movimento das bolsas oscilam entre recuperação leve e queda sutil. A incerteza dos dias anteriores permanece
atualizado
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O Ibovespa abriu em queda nesta terça-feira (14/6), teve recuperação breve, mas passou a operar em baixa a partir das 12h35, com queda de 0,21%. O mercado abriu com 102.573 pontos. A Bolsa de Nova York também teve queda e opera em alta de 0,31%, depois de ensaiar leve subida e cair. Movimento similar se evidenciou em Frankfurt, com índice negativo de 0,88%.
Às 12h35, o dólar subiu e estava cotado a R$ 5,13. Ações da Petrobras e da Eletrobras apresentavam alta 2,15% e 2,39%, respectivamente. Vale estava em queda de 0,87%.
A segunda-feira (13/6) marcou o sétimo dia de bolsa com queda do índice principal da B3, o Ibovespa, de 2,56%. No dia, o dólar chegou aos R$ 5,11. Desde o dia 7 de junho, a bolsa brasileira acumulava queda de 6,89%. De acordo com o linguajar econômico, mercados do mundo enfrentam situação de bear market, quando o mercado segue em queda e os investidores estão pessimistas com relação ao futuro.
Investidores brasileiros e estrangeiros assumem posição mais conservadora, retirando-se de mercados emergentes – como o Brasil – após o risco de recessão nos Estados Unidos se mostrar consistente. Soma-se a isso as ações do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, para conter a inflação no país.
Basicamente, há o aumento dos juros, o que consequentemente torna os títulos da dívida pública americana mais interessantes que os mercados de risco maior dos emergentes. Os títulos americanos são tidos como os mais seguros do mundo.
Outro ponto é a indicação do Banco Mundial de que o planeta pode enfrentar uma estagflação, situação em que a inflação permanece em alta acima do razoável, mas com crescimento do PIB nulo. O andamento da pandemia na China também preocupa investidores. O país enfrenta possibilidade de novos lockdowns para conter o novo avanço da Covid.
Além disso, começa nesta terça-feira a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que define a taxa básica de juros (Selic). A expectativa implica no comportamento dos investidores.
Esses fatores e expectativas decorrem das políticas econômicas dos últimos dois anos, em decorrência da Covid-19. Durante o início da pandemia, a demanda caiu drasticamente, gerando risco de deflação (inflação negativa). Assim, bancos centrais pelo mundo reduziram os juros a valores mínimos, para incentivar a manutenção da alta dos preços.
Com o início da retomada, a demanda aumentou, novamente, de forma drástica, o que empurrou a inflação a altas. As autoridades monetárias, portanto, voltaram a aumentar os juros, para conter as altas agressivas.
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