A 9 dias da eleição, dólar registra maior alta desde abril e fecha a R$ 5,24
Semana foi marcada pelas decisões dos principais bancos centrais a respeito dos juros e por temores de recessão global
atualizado
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O dólar fechou a sexta-feira (23/9) com alta de 2,61%, cotado a R$ 5,24. Trata-se do maior crescimento diário desde 22 de abril, quando a moeda subiu 4,04%. No acumulado da semana, o dólar teve queda de 0,2%. No mês, no entanto, registra elevação de 0,91%.
Já o Ibovespa afundou 2,06% no dia e encerrou a semana aos 117.716 pontos. Apesar do derretimento desta sexta, a volatilidade das negociações fez a semana encerrar em 7,71% em ganhos.
Os últimos dias foram marcados pelas decisões dos principais bancos centrais a respeito dos juros. Na quarta-feira, o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) aumentou em 0,75 ponto percentual as taxas de juros e indicou que novas elevações não estão descartadas. O mercado demorou dois dias para digerir a decisão – com os temores de uma recessão global, operou vendido neste pregão.
Conforme publicou o Metrópoles mais cedo, o Ibovespa acompanhou o pessimismo global, após fechar na véspera descolado de seus pares internacionais. O Banco Central (BC) brasileiro travou a Selic em 13,75%, após sequência de altas que vinham desde o ano passado. Entretanto, novos aumentos também não estão descartados.
Os agentes do mercado avaliam o cenário eleitoral brasileiro com a proximidade do primeiro turno. A preocupação é com a condução econômica e a saúde fiscal do país.