Bolsa fecha em alta e dólar acelera queda após ataque a Bolsonaro
Pregão também foi marcado por volume mais baixo pelo feriado do Dia da Independência
atualizado
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O dólar fechou esta quinta-feira (6/9) em baixa de quase 1% ante o real, em meio à recuperação de moedas de países emergentes no exterior e após atentado sofrido pelo candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, levando o mercado a avaliar que isso poderia fazer candidatos mais à esquerda perderem fôlego na corrida eleitoral.
O pregão também foi marcado por volume mais baixo pelo feriado do Dia da Independência no dia seguinte e que manterá os mercados locais fechados.
O dólar recuou 0,95%, a R$ 4,1042 na venda, mas acumulou alta de 0,78% na semana. Em agosto, a moeda norte-americana ganhou de mais de 8%. “Com o exterior mais tranquilo, o investidor resolveu dar uma parada (nas compras) por aqui”, comentou um operador de câmbio de uma corretora local.
O dólar recuava frente a moedas de países emergentes, após recentes altas em meio ao cenário delicado em diversos países, como Turquia e Argentina, mas sem deixar de lado as preocupações com a guerra comercial patrocinada pelos Estados Unidos com seus parceiros.
Ataque a Bolsonaro
A moeda norte-americana também recuava ante uma cesta de moedas. A queda do dólar ganhou um pouco mais de fôlego na reta final do pregão, após a notícia de que Bolsonaro havia sido alvo de uma facada na região do abdômen durante evento de campanha em Juiz de Fora (MG).
O político foi levado ao hospital e passa por uma cirurgia. Antes, Flavio Bolsonaro, um dos filhos do candidato do PSL, disse que o candidato passava bem e que havia levado seis pontos no local do ferimento.
“A primeira interpretação é de que a esquerda pode perder força nas eleições”, disse um gestor de derivativos de uma corretora estrangeira.
Bolsa
A Bolsa fechou com o Ibovespa no azul nesta quinta-feira (6/9), ajudado pelo avanço de bancos e da Vale, mas o volume financeiro foi novamente baixo. O principal índice de ações da B3 encerrou a semana com queda, em meio a manutenção de receios com o cenário eleitoral no país.
O Ibovespa subiu 1,64%, a 76.325,46 pontos. O volume financeiro, contudo, alcançava apenas R$ 8,2 bilhões.
Na última hora do pregão, o Ibovespa acelerou os ganhos e tocou máxima da sessão, após notícias de que o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, que vem liderando a preferência dos eleitores, foi alvo de uma facada durante evento em Minas Gerais.
Na semana, mais curta em razão do feriado nacional do Dia da Independência na sexta-feira, o Ibovespa acumulou queda de 0,46%, também segundo dados pré-ajuste de fechamento.