Bolsa cai mais de 2% após aviso de Moro de que deixaria o governo
Mercado reagiu após a notícia de que o ministro da Justiça não aceitaria troca no comando da Polícia Federal
atualizado
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A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, reverteu o sinal e caiu mais de 2% após o aviso de que Moro deixará o governo caso Bolsonaro troque o diretor-geral da Polícia Federal. O Ibovespa, principal índice do mercado de ações do Brasil, chegou a cair mil pontos logo depois da notícia, voltando ao patamar de 78 mil pontos. No início do dia, a Bolsa operava em alta e chegou a subir 1,5%.
Já o dólar bateu novo recorde após a repercussão do pedido de demissão de Moro, ao alcançar a máxima nominal (quando não se desconta a inflação) de R$ 5,51. Além das incertezas envolvendo o ministro, também influencia a moeda a possibilidade de redução de 0,75 ponto da Selic, a taxa básica de juros da economia. Vale destacar que a diminuição drástica da taxa, hoje em 3,75 ponto percentual, afasta o investidor estrangeiro do País, pois interfere diretamente nos rendimentos.
Uma escalada para o ativo já era prevista. Nesta quinta, o dólar começou em alta de quase 1%, a R$ 5,42, e recuou para R$ 5,40 somente após uma ação do Banco Central. No entanto, já no final da manhã, ele tornou a subir e ficou acima de R$ 5,45. No final da tarde, às 16h, a moeda subia a R$ 5,49 – apenas 17 minutos depois, ela alcançou os R$ 5,50.
Vale lembrar que o patamar de R$ 5,40 foi atingido pela primeira vez na última quarta-feira (22/04). Nesse cenário, a valorização da moeda dos Estados Unidos é superior a 35% este ano.
O eurotambém tem se valorizado muito frente ao real. Nesta quinta, a cotação está em R$ 5,93, uma valorização também superior a 30% em relação ao início do ano. Para se ter uma ideia, o valor da moeda oficial da União Europeia era de R$ 4,50 no primeiro dia de 2020. No pregão desta quinta, inclusive, a moeda europeia atingiu seu máximo histórico nominal. Ambas as moedas atingiram R$ 5 de cotação em março deste ano