Bolsa cai 2% com possível interferência de Lula em estatais
Queda de 2% da Bolsa foi influenciada por desvalorização das ações da Petrobras; mercado vê risco de governo acabar com Lei das Estatais
atualizado
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O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, encerrou a segunda-feira (12/12) com queda de 2%, com investidores preocupados com a interferência política do próximo governo Lula no comando de empresas estatais, em especial na Petrobras.
As ações da petroleira caíram 3,2% no dia e figuraram entre as piores perdas do pregão. A visão mais pessimista tem duas razões: a primeira é a possível nomeação do político petista Aloizio Mercadante para a presidência da Petrobras, e a segunda é uma possível derrubada da Lei das Estatais, o que viabilizaria a indicação de políticos para cargos executivos de empresas públicas.
Os investidores enxergam um risco maior de interferência sobre o comando da Petrobras, o que impactaria a capacidade de geração de receita da empresa. Caso o governo decida, por exemplo, custear um subsídio dos combustíveis com o caixa da empresa, como já ocorreu no passado, as ações da Petrobras na Bolsa tendem a sofrer.
A volatilidade no mercado também é explicada pela espera por mais nomes na equipe de ministérios de Lula – o futuro presidente deverá anunciar novos ministros amanhã. Além disso, espera-se que o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, faça indicações para o corpo técnico da pasta nesta terça-feira (13/12).
Dólar
O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira (12/12) em alta de 1,26%, cotado a R$ 5,31 na venda. Na cotação máxima do dia, a moeda americana chegou aos R$ 5,35. A mínima foi de R$ 5,23.