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Bento Albuquerque diz que não há risco de racionamento de energia

O Metrópoles mostrou no início do mês que a falta de chuvas tem causado desabastecimento dos reservatórios das hidrelétricas

atualizado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
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1 de 1 Bento-Albuquerque2 - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Garantindo certo controle sobre a situação, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que não há risco de um novo racionamento de energia no país — apesar de as hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste terem registrado a pior seca das últimas décadas.

“Não trabalhamos com essa possibilidade [de racionamento] porque tudo indica que nós temos o controle da situação. Todos os nossos modelos, nossos acompanhamentos indicam que não há risco de racionamento, de apagão, no ano de 2021”, assinalou o ministro, em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta segunda-feira (31/5).

“Esperamos chegar ao fim do ano numa situação mais confortável, para que a gente possa passar 2022 com tranquilidade e custo de energia mais baixo”, prosseguiu ele.

Como mostrou o Metrópoles no início de maio, a falta de chuvas tem causado desabastecimento dos reservatórios das hidrelétricas. Para se ter dimensão da escassez de água nas bacias das usinas, um quarto dos reservatórios das hidrelétricas está com nível abaixo de 30%. Dez dos 39 reservatórios estão no limite da reserva.

O governo federal publicou, nessa sexta-feira (28/5), um alerta de emergência hídrica para o período de junho a setembro em cinco estados: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. É o primeiro alerta dessa natureza em 111 anos de serviços meteorológicos no país.

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Ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque
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Carolina Antunes/PR
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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Além disso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que a bandeira tarifária em junho de 2021 será vermelha, patamar 2. Na prática, isso significa que haverá custo extra de R$ 6,243 para cada 100 quilowatts/hora (kWh) consumidos — tornando a conta de luz mais cara caso a pessoa não reduza o consumo.

“A bandeira vermelha, que aumenta o custo da energia, é um sinalizador. O consumidor precisa fazer um uso mais racional da energia. No que diz respeito à indústria e aos grandes consumidores, nós estamos procurando as associações e as empresas para dar acesso à energia a um custo que não interrompa a retomada da atividade econômica”, afirmou o ministro, ao pedir tranquilidade para os brasileiros.

“Essa crise hidrológica independe da nossa vontade, é um fenômeno da natureza. Mas a população pode ficar tranquila. Nós estamos adotando todas as ações para que os impactos sejam os menores possíveis e para que nós possamos dar continuidade na retomada da atividade econômica”, ponderou.

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