BC: política monetária não será usada para controlar a taxa de câmbio
De acordo com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, ” não há relação mecânica” entre os dois mecanismos financeiros
atualizado
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Após um dia de nervosismo no mercado financeiro, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, garantiu que a autoridade monetária continuará trabalhando com o Tesouro Nacional para oferecer liquidez aos mercados de câmbio e de juros “enquanto for necessário”. Segundo ele, no entanto, o regime de câmbio flutuante é a primeira linha de defesa do país.
“A política monetária é separada da política cambial, não há relação mecânica entre as duas. A política monetária olha para projeções, expectativas de inflação e balanço de riscos e não será usada para controlar taxa de câmbio”, disse Goldfajn, durante entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (7/6).
De acordo com o presidente do BC, a autoridade monetária tem atuado para prover liquidez e continuará oferecendo contratos de swap. O Banco Central, afirmou, conta atualmente com uma munição maior e vai oferecer US$ 20 bilhões em swaps até o fim da próxima semana, “sem prejuízo de atuações adicionais”.“Esse é seguro que contratamos em 2017. Reduzimos o estoque de swaps quando estávamos no interregno benigno. Com essa alternativa, podemos ir além dos máximos históricos do passado”, disse. Além do swap, Goldfajn também citou outros instrumentos como leilões de linha.
Cenário econômico
Ilan Goldfajn buscou destacar os fundamentos sólidos da economia brasileira. “O balanço de pagamentos do Brasil é muito bom, nós temos uma conta corrente equilibrada. Esperamos que esse fluxo de conta corrente seja superavitário nos próximos 12 meses”, declarou.
Além do ingresso de moeda estrangeira por conta do superávit esperado na conta corrente, o presidente do BC destacou o patamar significativo de investimento estrangeiro no país, de 3,4% do PIB. “Nosso balanço de pagamentos é muito mais confortável, quando comparado a outras economias”, afirmou.