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BC eleva chance de o Brasil estourar meta da inflação em 2023

A nova projeção elevou possibilidade da meta da inflação ser ultrapassada de 29% para 46%, conforme o relatório trimestral desta quinta

atualizado

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Fachada do Banco Central em brasília
1 de 1 Fachada do Banco Central em brasília - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Banco Central (BC) revisou sua projeção de chance para que o Brasil estoure da meta da inflação no próximo ano: subiu de 29% para 46%, conforme o relatório trimestral publicado nesta quinta-feira (29/9). A autarquia espera que o índice fique em 4,6% em 2023, 0,6 ponto porcentual abaixo do último relatório. O mercado tem expectativa que o índice chegue a 5,01%.

Já para este ano, o BC manteve algum otimismo e diminuiu a “probabilidade do estouro” da meta de “próxima de 100%” para 93%. A projeção para inflação neste ano diminuiu de 8,8% para 5,8%, conforme o último Boletim Focus.

O documento trabalha com um conjunto de informações como a queda nos preços dos combustíveis, não só no mercado externo, como também por conta do ICMS. Porém, o próprio relatório faz ressalvas sobre a política monetária apertada dos países desenvolvidos e mantém preocupação com a economia chinesa. 

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Em outras palavras, se há  aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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O BC avalia que há uma depreciação cambial e um crescimento do produto interno bruto (PIB) do país mais forte do que o esperado pelo mercado. “Especificamente para 2022, destaca-se o efeito das medidas tributárias, que foi o principal fator para a surpresa desinflacionária de -2,37 p.p. no trimestre encerrado em agosto. A elevação das projeções para 2023 resultou principalmente da hipótese de retorno da tributação federal sobre combustíveis”, diz o relatório.

O órgão revisou suas expectativas de crescimento para a economia. Para 2022, subiu de 1,7% para 2,7%. O BC avaliou a evolução dos indicadores, em conjunto com os estímulos fiscais feitos pelo governo federal, como a PEC dos Benefícios, que injetou  R$ 41,2 bilhões na economia. 

O montante distribuído à população por meio de benefícios sociais elevou os riscos à saúde fiscal do país, mas devem levar a um resultado no PIB maior. O Focus desta semana projeta alta do PIB de 2,67%. A expectativa do Ministério da Economia é de crescimento de 2,7%.

Para 2023, o BC projetou um crescimento de 1%, o dobro da expectativa do mercado de 0,5%. No entanto, ainda é menos da metade da projeção feita pelo Ministério da Economia, que chegou a 2,5%.

O relatório aponta que para o ano que vem são esperados uma queda na demanda interna por conta da desaceleração da atividade global e os impactos da elevação na taxa básica de juros, que subiu de 2% em março de 2021 para 13,75% este ano.

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