Batata e cenoura ficam mais baratas em julho; preço da cebola sobe
O panorama foi divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta terça-feira (16/8)
atualizado
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A batata, a cenoura, o tomate e a alface tiveram queda de preços em julho. Já a cebola e frutas, como banana, maçã, mamão e melancia, apresentaram tendência de alta. O panorama foi divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta terça-feira (16/8).
O preço da batata começou a cair em maio, depois de um período de alta no início do ano, por causa da grande oferta do produto. A cenoura e o tomate também já apontavam a preços mais baixos desde a última atualização do boletim da Conab.
O preço médio da cenoura, ponderado entre as centrais de abastecimento (Ceasas) na comparação com junho, teve queda de 12,75%, justificada pela grande oferta da hortaliça. Já o tomate caiu em julho após o pico de preços registrado em abril deste ano.
“A oferta se manteve em elevação e os danos causados pelas chuvas do final de 2021 e início de 2022 foram superados, com as áreas produtoras ofertando de forma suficiente para atender a demanda”, informa a Conab.
No caso da alface, a oferta diminuiu principalmente nos mercados da região Centro-Oeste, mas foi compensada pela pouca procura, que normalmente reduz no período das férias escolares.
Frutas pesam no bolso
No mês de julho, dentre as frutas analisadas, banana, maçã, mamão e melancia tiveram um comportamento de alta nos preços. Já o preço da laranja ficou praticamente estável na maioria dos mercados.
O aumento da banana ocorreu em virtude da menor produção, tanto da variedade nanica, quanto a prata, com tendência não uniforme de comercialização no atacado a depender do período no mês, da situação de demanda local e da proximidade com os centros produtores. As exportações caíram (produção menor e concorrência com outros países).
O mamão apresentou elevação das cotações e queda na quantidade comercializada, movimento semelhante ao mês anterior, porém com menor tendência de alta nas últimas semanas devido ao aumento das temperaturas.
A maçã registrou ligeira queda na comercialização, porém, também houve queda dos estoques nas câmaras frias, o que provocou maior controle da oferta e preços mais elevados. A queda na comercialização da melancia gerou aumento das cotações, o que favoreceu a rentabilidade para os produtores.
Inflação dos alimentos
Nos últimos 12 meses, 33 dos 50 produtos que mais encareceram são alimentos. Isso mostra que, apesar da deflação de 0,68 em julho, ou seja, queda nos preços gerais, o consumidor mais pobre continua pressionado para manter comida na mesa.
No último mês, o grupo Alimentação e bebidas teve ata de 1,30%. O destaque ficou com a alimentação no domicílio, que acelerou de 0,63% em junho para 1,47% em julho, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).